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Enem dos concursos: Entenda por que a divulgação dos resultados do Bloco 4 está suspensa

A medida não atinge o calendário de outros blocos, que tiveram as notas divulgadas na manhã desta terça-feira.

Por Luana Franzão
8 out 2024, 15h29
A imagem mostra um grupo de pessoas entrando por uma porta de vidro em um prédio com a inscrição "UERJ" nas laterais. Algumas pessoas estão de costas, enquanto outras estão de perfil. O local parece movimentado, com pessoas entrando e saindo, e o ambiente externo tem piso de pedras. A luz interna contrasta com a iluminação externa.
Candidatos chegam para as provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) na UERJ, zona norte da cidade (Tânia Rego/Agência Brasil)
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oncurso Nacional Unificado: a saga sem fim. Parece que estamos desde o início do ano falando sobre o mesmo assunto. Na verdade, estamos mesmo. Isso ocorre porque o CNU promete mudar a vida profissional de muita gente: os candidatos disputam 6.640 vagas em diferentes órgãos públicos.

 

Desde o início da epopeia do “Enem dos concursos”, algumas intercorrências mudaram os planos originais. A mais recente aconteceu na primeira semana de outubro: no último dia 3, a Justiça Federal determinou a suspensão da divulgação dos resultados das provas do Bloco 4 do concurso. Os concurseiros da área disputam 971 vagas na área de Trabalho e Saúde do Servidor.

A suspensão foi motivada por uma ação popular, que denunciou a entrega de provas equivocada durante a aplicação em uma das escolas em Recife. Segundo o processo e denúncias dos candidatos nas redes sociais, os fiscais de prova entregaram durante a manhã as provas que seriam aplicadas no turno da tarde. Ou seja, abriram o pacote de provas errado.

As provas incorretas chegaram a ser distribuídas entre os candidatos, que segundo relatos nas redes, tiveram tempo para ler algumas das questões e preencher os campos de identificação. O erro foi percebido e as avaliações foram recolhidas cerca de 11 minutos depois da distribuição.

A decisão judicial classifica o erro como vazamento das provas e suspende a divulgação enquanto avalia a situação. Acalme o coração: as provas (ainda) não foram anuladas, apenas a publicação das resoluções foi adiada.

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A decisão da Justiça não interferiu na divulgação dos resultados dos outros blocos, que estão disponíveis desde às 10 horas da manhã desta terça-feira. Se você fez as provas para qualquer outra área do concurso, já pode conferir suas notas oficiais das provas objetivas e as notas preliminares das provas dissertativas no site oficial do CNU.

O que rolou

A aplicação do CNU aconteceu em dois turnos: pela manhã, os inscritos no bloco 4 responderam 20 questões objetivas (de múltipla escolha) sobre conhecimentos gerais, e uma questão dissertativa sobre conhecimentos específicos da área. Após uma pausa para o almoço, à tarde, responderam 50 questões objetivas sobre domínios especializados.

Candidatos que concorriam a vagas do Bloco 4 na Escola de Referência do Ensino Médio (EREM) Jornalista Trajano Chacon, em Recife, receberam as provas que deveriam ser aplicadas à tarde no período da manhã.

Na versão de candidatos que denunciaram o ocorrido nas redes sociais, houve tempo hábil para preencher os campos de identificação e ler as primeiras questões da prova antes que os fiscais percebessem o equívoco e recolhessem o material.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pelo CNU, confirmou o erro, mas afirmou que as provas puderam ser recolhidas antes de o sigilo das questões ser quebrado. “(…) não houve acesso às questões do caderno, mas apenas a distribuição das provas de outro turno, fato imediatamente corrigido, antes mesmo da autorização para início da resolução das questões”, defendeu a União.

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Na decisão que suspendeu a publicação dos resultados do bloco, a Justiça Federal entende que o erro violou princípios de “moralidade, isonomia e impessoalidade” do exame – ou seja, pode ter favorecido alguns candidatos.

A determinação não é final: ou seja, quem fez as provas do Bloco 4 do CNU, em qualquer cidade do país, deve ficar ligado nos próximos capítulos dessa história.

Contatado pela Você S/A, o MGI não deu novas atualizações sobre o assunto até a publicação da reportagem.

Recurso

A Advocacia-Geral da União, AGU, que representa o governo na Justiça, disse que vai recorrer da decisão.

Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável pelo CNU, afirmou que “o governo reafirma o seu empenho para garantir a regular continuidade do certame”. No português das ruas, podemos dizer que o órgão está se esforçando para que corra tudo bem com o processo aplicação e divulgação do concurso.

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Próximos passos

Você acha que acabou? Claro que não. Ainda tem água para rolar debaixo dessa imensa ponte chamada Enem dos concursos. Olhos abertos para as datas a seguir:

8, 9 e 10 de outubro – Envio de títulos

Alguns concursos permitem que o candidato envie títulos, como diplomas de MBA, pós-graduação, mestrado, doutorado, artigos científicos e livros publicados para incrementar a pontuação.

Verifique se é o caso das vagas para as quais você se inscreveu, e não perca o prazo para o envio desses títulos.

Os que têm essa possibilidade (ou obrigação, em alguns casos) serão convocados em 8 de outubro, e devem enviar as comprovações dos títulos entre 9 e 10 de outubro.

17 de outubro – Revisão

Se você pediu uma revisão das notas das provas discursivas, o resultado deve sair em 17 de outubro.

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4 de novembro – Resultado preliminar da avaliação dos títulos

Quem enviou os tais títulos, deve receber um resultado preliminar das avaliações em 4 de novembro. Se algo que você enviou foi indeferido pelos avaliadores, você pode pedir uma revisão dos títulos, entre os dias 4 e 5 de novembro.

19 de novembro – Resultado da revisão das notas dos títulos

21 de novembro – Resultados finais

Ufa! Em 21 de novembro – guarde bem – você (finalmente) ficará sabendo se foi aprovado ou não no CNU. A partir daqui, é importante ficar esperto com as convocações e as necessidades de resposta de cada vaga (pelo amor de Deus, não perca os prazos!).

Depois da nomeação, o aprovado tem até 30 dias para tomar posse. Se isso não acontecer, a nomeação perde o efeito e a fila anda. Ao tomar posse, você tem 15 dias para começar a trabalhar.

Se você não for aprovado, não é o fim do sonho. Você estará na lista de espera, formada pelos diferentes blocos do concurso. Sempre tem chance de alguém perder o prazo, desistir, não se apresentar. Aquela coisa toda.

Com informações da Agência Brasil.

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