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Escavadores de dados digitais estão entre os profissionais do futuro

Especialistas em business intelligence estão em falta no mercado, que tem mais vagas do que profissionais capacitados

Por marinaverenicz
Atualizado em 19 dez 2019, 16h50 - Publicado em 18 jun 2019, 06h00
Marcus Vinícius Geraldi, BI da Collinson: após curso online, trocou a profissão de engenheiro civil pela de especialista em inteligência de negócios |  (Foto: Leandro Fonseca/VOCÊ S/A)
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Tudo o que acessamos na internet deixa rastros. Nas mãos certas, essas informações valem ouro. É por isso que o especialista em inteligência de negócios (ou BI, de business intelligence) tem sido valorizado. Segundo levantamento da Revelo, plataforma de recrutamento digital, a demanda por esse pessoal cresceu 16% em 2018.

“Temos mais vagas do que profissionais. É uma área em alta, principalmente no mercado de inteligência artificial”, diz Luana Castro, consultora sênior da Michael Page, empresa global de recrutamento.

O BI é responsável por encontrar, no mar de informações digitais, aspectos que farão a diferença para o negócio. “Antigamente, essa área estava mais relacionada a TI, com a montagem de um ambiente de big data. Agora está voltada para análise de dados e geração de insights”, diz Luana.

Seja num projeto de melhoria, no lançamento de um produto, seja num plano de redução de custos, dificilmente uma companhia séria toma decisões sem ouvir alguém desse setor. Mas, para isso, não basta ao BI entender de tecnologia. É necessário ter conhecimento de negócios, além de raciocínio lógico e capacidade analítica.

Em 2017, Marcus Vinícius Geraldi, de 27 anos, decidiu sair de seu setor de formação, a engenharia civil, e migrar para o mercado de inteligência. Ele investiu em um curso livre a distância de análise de dados, na Udacity, com quatro meses de duração. Aprendeu sobre Python (linguagem de programação usada pelos BIs), manipulação, processamento e limpeza de dados.

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“Sempre gostei de programação e estatística, e isso me motivou a trabalhar nessa área”, diz Marcus. Ao concluir o curso, as primeiras ofertas de emprego apareceram.

“Em duas semanas, duas empresas entraram em contato.” Ele foi selecionado para a Collinson, consultoria britânica especializada em influenciar o comportamento e promover a fidelidade dos consumidores.

Há três meses no cargo, trabalha no aperfeiçoamento do programa de pontos de uma companhia aérea. Apesar de o salário ser próximo ao de engenheiro, Marcus está mais satisfeito com a nova profissão. “Ver o impacto do trabalho no negócio é motivador”, diz.

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(redação/VOCÊ S/A)

 

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