Fly Educação abre 60 vagas para curso gratuito de Programação para mulheres refugiadas
As oportunidades contemplam cidades da Grande Florianópolis e regiões Norte e Nordeste. Inscrições ficam abertas até 10 de agosto.
Dados recentes do IBGE mostram que, pela primeira vez desde 1960, o número de estrangeiros no Brasil voltou a crescer: eram 600 mil em 2010 e ultrapassaram 1 milhão em 2022. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), quase metade dessa população (47,6%) é composta por mulheres, concentradas principalmente em São Paulo, Santa Catarina, Roraima e Amazonas.
Para apoiar o desenvolvimento profissional e pessoal dessas mulheres, combater a violência de gênero e promover empoderamento econômico, a Fly Educação, em parceria com a ONU Mulheres, Instituto Localiza e o Plan International, lança a primeira edição do programa Mulheres in Tech voltada exclusivamente para mulheres refugiadas. São 60 vagas gratuitas para participantes da Grande Florianópolis (SC) e das regiões Norte e Nordeste. As inscrições estão abertas até o dia 10 de agosto, basta acessar o link.
Com dupla formação, socioemocional e científica STEAM, o curso capacitará as participantes em programação Front-End, abordando conteúdos como Desenvolvimento Web, HTML e CSS, JavaScript, React, Inteligência Artificial, dentre outros. As atividades serão realizadas predominantemente de forma remota com aulas e mentorias síncronas e assíncronas, além de oferecer auxílio-alimentação durante o período do curso.
“Ao final do curso as alunas irão criar um projeto de conclusão usando as ferramentas e linguagens aprendidas com o intuito de iniciar seu portfólio em sites ou aplicativos”, explica Juliana Galliano, gestora de projetos sociais da Fly Educação. “Quando formadas, essas mulheres estarão preparadas para assumir cargos de desenvolvedoras devido à trilha focada no upskilling em tecnologia, abordando assuntos que estão em alta no mercado”.
O curso oferece:
- Formação socioemocional: por meio de metodologia pioneira na América Latina em ferramentas de gestão emocional, desenvolvem-se habilidades como autonomia, autoestima, resolução de conflitos e comunicação;
- Formação científica: trilha completa em tecnologia e inteligência artificial, com conteúdo atualizado e relevante.
- Aulas de mercado: oficinas com especialistas em tecnologia e RH para orientação sobre currículo, entrevistas, empreendedorismo e LinkedIn.
- Mentorias semanais: acompanhamento por mulheres do mercado de tecnologia, com dicas e orientações de carreira.
- Parcerias para empregabilidade: conexão com empresas de tecnologia para ampliar as oportunidades de trabalho.
- Auxílio alimentação: apoio para garantir a permanência no programa até a conclusão do curso.
Fluxo migratório
As cidades e regiões selecionadas têm recebido fluxos migratórios significativos, incluindo mulheres refugiadas e migrantes que enfrentam múltiplas vulnerabilidades, como desigualdade de gênero, racismo, xenofobia e precariedade socioeconômica. Por isso, a iniciativa ainda contempla ações de políticas públicas acerca do tema de migração e refúgio, voltadas para fortalecimento das capacidades institucionais da rede pública de assistência social.
“Acreditamos que a formação, alinhada a ações de advocacy e ao olhar atento às necessidades desse público, seja a chave para a mudança estrutural no enfrentamento da diminuição de violência de gênero e mitigação da precarização do trabalho”, explica Merlina Saudade, venezuelana, agente psicossocial da Fly Educação e parceira da ONU Mulheres. “Além disso, a iniciativa está alinhada aos objetivos da chamada 001/2025 da ONU Mulheres, que visa ampliar o acesso aos direitos e o empoderamento de mulheres refugiadas, migrantes e apátridas no Brasil”.
Mulheres In Tech
Fundada em 2014 por Alejandra Yacovodonato — mulher refugiada e venezuelana —, a Fly Educação nasce da experiência de quem vivenciou na pele as dificuldades enfrentadas por imigrantes e minorias no Brasil. Em 2020, com a pandemia de COVID-19 e a interrupção das atividades presenciais, nasce o programa Mulheres In Tech (MIT), voltado para o desenvolvimento de mulheres (cis ou trans) pretas, indígenas, refugiadas e LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade social.
Em cinco anos, o programa já formou mais de 350 mulheres para o mercado de tecnologia, alcançando resultados expressivos. Segundo o Censo de Empregabilidade da ONG, 71% das formadas estão empregadas, com incremento médio de 20% nas competências socioemocionais. Apenas em salários, essas mulheres somam mais de R$ 5 milhões por ano em geração de renda para a economia brasileira e suas famílias.
As inscrições estão abertas até o dia 10 de agosto, por meio deste link.
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