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Carla D’Elia

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Referência no ensino de Business English, criadora de conteúdos educacionais e mestre em Linguística Aplicada pela USP.

Falando com executivos de fora, não peça desculpa pelo seu sotaque

Assumir uma pronúncia imperfeita pode tornar sua comunicação mais autêntica e confiante.

Por Carla D’Elia
11 out 2025, 08h00
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 (Foto: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Quando buscamos aprender um novo idioma, muitas vezes nos ancoramos em modelos de pronúncia “perfeitos”, sendo essa referência ideal sempre nativa americana ou britânica. A questão é que essa busca por uma pronúncia ideal utópica acaba travando o aprendizado do inglês da pessoa. 

Uma pesquisa do grupo britânico de educação Pearson indicou que 55% dos brasileiros dizem ter algum conhecimento do inglês, o que indica que não há domínio. Isso afasta a confiança da pessoa em se arriscar durante uma conversa. Muitos alunos chegam à sala de aula carregando medos: não dominar todas as palavras, não soar veloz unindo isso à busca pela pronúncia nativa, torna o aprendizado mais difícil e demorado do que deveria. 

Essa visão colonizada coloca o nativo em um pedestal e rebaixa as demais formas de uso da língua, mas na realidade é bem diferente: o inglês é a língua oficial em mais de 50 países e, para cada nativo, existem quatro falantes estrangeiros que utilizam o idioma em sua rotina. 

Síndrome de vira-lata?

Pense comigo: você acredita que um italiano entra numa aula de inglês obcecado em parecer britânico? Ou que um francês em uma reunião se preocupa em esconder o próprio sotaque? Não, eles falam inglês com a marca de sua própria identidade, e ainda assim são compreendidos, respeitados e até admirados. Já nós, brasileiros, tendemos a pedir desculpas antes mesmo de falar, e é aí que mora o erro. 

Estudar inglês implica errar. Você vai tropeçar nas palavras, rir de si mesmo e aprender com esse processo. O percurso ficará mais leve quando se entende que falar com sotaque é apenas falar como quem somos. Seu sotaque não é uma falha técnica: é um reflexo social, cultural e até histórico. 

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Em um momento em que valorizamos a diversidade, por que devemos excluir a riqueza linguística brasileira durante nossa oralidade, mesmo em inglês? Impor um padrão britânico ou americano legitima apenas algumas variantes da língua, o que termina em negar as demais. 

O seu foco durante o aprendizado precisa estar na funcionalidade e inteligibilidade: reconhecer que o inglês com um sotaque brasileiro é um inglês válido, resultado de nossa identidade linguística. O sucesso na oralidade que você busca não está no sotaque, mas na clareza e na comunicação efetiva. Reconhecer seu sotaque brasileiro não é falha, é identidade legítima. Assumir essa nacionalidade na fala te enriquece com uma nova camada cultural. 

Não peça desculpas por falar inglês com sotaque brasileiro, tenha orgulho. Uma vez que usa outro idioma para se conectar, fará um favor ao mundo, ampliando as possibilidades de comunicação com confiança, autenticidade e, principalmente, sua própria voz.

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