Muita gente erra ao usar (e abusar) deste termo em português
Professor Diogo Arrais dá exemplos de usos incorretos e corretos ao usar o termo inclusive.
É muito curioso notar como algumas expressões têm mais popularidade, no cotidiano profissional. Há aqueles que não vivem sem o uso de “inclusive”.
No dicionário Aulete, da Língua Portuguesa, encontram-se algumas definições para essa expressão adverbial:
- Com inclusão de, de forma inclusiva: Preencha os seus dados, inclusive telefone.
- Também: A revista tem inclusive artigos sobre saúde.
- Até; até mesmo: Ele pode inclusive se desculpar, mas não muda nada.
É bastante útil a relação mórfica (da forma vocabular) entre “inclusiva” e “inclusive”, uma vez que o uso exagerado pode prejudicar um discurso ou um texto.
O que fazer, então? Sensatez é o caminho escolhido por aqueles que falam e escrevem bem, com elegância. Vejamos algumas situações típicas, na fala, nas apresentações e entrevistas:
“Inclusive hoje eu quero falar com todos vocês sobre Nutriente…”
Seria mais concisa e lógica a construção:
“O tema hoje é Nutriente.”
Não há motivo algum para uso do termo “inclusive”, no início de um discurso, quando não existe ideia alguma de “inclusão”.
Na Escrita, será útil o uso do sinal de pontuação, para separar a expressão, como neste caso (no próprio Aulete):
“Preencha os seus dados, inclusive telefone.”
Por isso, mais uma vez, enfatizo a necessidade de revisar qualquer texto, antes de publicar. Na revisão, os excessos podem ser retirados, a fim de que a mensagem seja objetiva e compreendida.
Lembre-se: palavra cuidadosa é poder!
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