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Como as empresas decidem batizar os tickers de suas ações?

ROXO34, BEEF3, CASH3, SOJA3... veja uma lista das mais criativas e engraçadinhas.

Por Alexandre Versignassi
11 out 2023, 05h16
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 (Maria Laura Farinha/VOCÊ S/A)
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Já houve um tempo em que boa parte deles parecia nome de robô. O da Hering, por exemplo, era HGTX3 (referência a “Hering Têxtil S/A”, mas que pouco remete à marca de fato). Isso mudou. A imensa maioria busca uma combinação de quatro letras (+ número) que dispense tradução: CMIG3, JBSS3, ABEV3… O trabalho fica mais simples no caso das que têm nome de quatro letras, a quantidade obrigatória para um ticker no Brasil. É o caso de VALE3, AZUL4…  e do “novo ticker” da Hering, pois a tecelagem agora faz parte do Grupo Soma, criado em 2014 e dono do amigável SOMA3.

Mas não é só de tickers mais eficientes que vive a bolsa do século 21. Algumas empresas têm mostrado uma originalidade digna da Polícia Federal, a entidade mais criativa da galáxia na hora de batizar suas operações (destaque para “Arca de Noé”, que envolvia jogo do bicho, e “Operação Pinóquio”, sobre extração ilegal de madeira). Uma iniciativa recente nessa linha foi a do Nubank, que batizou suas BDRs de ROXO34 (Nota: na Nasdaq, onde as ações originais são negociadas, o ticker é NU. É que lá fora permitem duas letras (e até uma – o ticker da Ford, por exemplo, é só F, o da AT&T, T).

ROXO34, de qualquer forma, não é o único ticker engraçadinho da B3. O frigorífico Minerva adotou BEEF3. A Rumo Logística, forte em transporte ferroviário, RAIL3. A Localiza, de aluguel de carros, RENT3. Ainda mais show é o da Time For Fun, de ingressos: SHOW3.   

Mesmo assim, o Oscar da categoria talvez deva ficar com a Méliuz mesmo – a empresa de cashback que opera sob o ticker CASH3. Parabéns aos envolvidos. 

Menção honrosa também para as que usam o “3” do ticker como letra “S”. É o caso de Vamos (VAMO3) e Aeris (AERI3). Tribom, como se diz no Sul.

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Por fim, existem aquelas que carregam tickers sonoros sem querer. MDIA3, por exemplo, seria excelente para uma empresa de mídia. Mas é o ticker da tradicional M. Dias Branco, dona de marcas de massas, biscoitos e salgadinhos. 

LUXM3 poderia muito bem batizar os papéis de alguma companhia voltada ao mercado de luxo. Mas é o ticker da Trevisa, que opera no transporte hidroviário. Seria porque eles acham o setor de navegação um luxo? Claro que não. O ticker remete ao nome original da empresa, fundada em 1930 como Luchsinger, Madörin e Cia Ltda. Old style, o que também não deixa de ter seu charme. 

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(ARTE/VOCÊ S/A)
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