Como montar uma boa carta de apresentação?
A primeira impressão é a que fica – em relacionamentos amorosos e processos seletivos. Veja como fazer bonito na hora de se candidatar a uma vaga.
is que você está flertando com uma vaga de emprego. E a empresa que a oferece gosta das coisas do jeito mais tradicional: além do currículo, pede uma carta de apresentação, que conte um pouco sobre você e sua trajetória profissional.
Você pode ficar um pouco frustrado, mas isso é bom. Pense conosco: é muito mais fácil se diferenciar de centenas de outros pretendentes nesse formato mais livre – ressaltando informações relevantes àquela vaga em específico – do que tentar a sorte em um amontoado pouco romântico de currículos.
Quer dizer: formato mais livre até a página dois. Apesar do estilo de escrita e de as informações serem suas, ainda existem boas práticas que são válidas para qualquer um nessa empreitada. Vamos a elas.
Não é currículo
Uma carta de apresentação é anexada junto ao seu currículo. Portanto, não adianta transformá-lo em texto corrido e usar as mesmas informações ali contidas (mesmo porque essa repetição pode ser vista com maus olhos).
O ideal é que você observe quais as qualificações interessantes de citar com base naquele perfil de vaga. Tem alguma especialização na área? Já atuou com isso? Não tem experiência, mas é a transição de carreira dos sonhos? Isso é importante de incluir – não seu nível de proficiência em Word (a não ser que isso seja pré-requisito fundamental para a vaga, claro).
Nada de textão
A sua carta de apresentação não deve ultrapassar uma página. Melhor ainda: quatro parágrafos já são mais que suficientes para pontuar as informações essenciais.
Pense no pobre do recrutador, que provavelmente terá de ler centenas delas. Você pode perder a oportunidade de passar da primeira fase do processo seletivo porque ele não teve tempo ̶n̶e̶m̶ ̶p̶a̶c̶i̶ê̶n̶c̶i̶a̶ de ler a carta por inteiro.
E lembre-se: no final das contas, é uma… apresentação. O ideal é que a empresa fique com um gostinho de quero mais, mesmo.
Dê oi e dê tchau
Não resguarde sua boa educação para a segunda fase do processo. A palavra “carta” não é usada à toa: é necessário que você comece com cumprimentos, apresente-se, desenvolva seu raciocínio e termine com uma despedida. Bem old-school.
Sabe o nome do recrutador? Pode colocá-lo. Caso não, “Prezado (a)”, “Caro(a)”, “Estimado(a)” já fazem o serviço.
Em relação à despedida, fica a gosto do freguês. Você pode ficar à disposição, mandar seus cumprimentos, usar o bom e velho “Atenciosamente” ou apenas agradecer. O que importa é que esteja lá, independente do formato.
Cheque a gramática (várias vezes)
Chame reforços, se necessário. Peça para seu cônjuge, sua mãe, um amigo dar uma lida antes de você fazer o envio. Errinhos, ainda que pequenos, podem diminuir muito sua credibilidade com o recrutador – e até comprometer as chances de você conseguir a vaga.
Essa revisão também vale para a forma como o texto foi escrito. Verifique se a linguagem está clara, se as informações estão elencadas corretamente, se não há repetições no texto. Vamos falar mais sobre isso a seguir.
A ordem dos fatores altera o produto
No jornalismo, existe um conceito chamado “pirâmide invertida”. É a ideia de que, ao noticiar um fato, as informações mais importantes precisam ser apresentadas no começo da narrativa – e as informações adicionais vêm depois, caso haja espaço.
Na carta de apresentação, o espaço é pequeno e o tempo é curto. Depois de sua breve introdução, o ideal é que você:
- Fale sobre suas experiências (tanto acadêmicas quanto profissionais);
- Explique o porquê de seu interesse na vaga e na empresa (aqui, vale citar experiências que tenham sinergia com o cargo que pretende ocupar);
- Mostre conhecimento sobre a empresa (fale o que chamou sua atenção na vaga: um valor, uma história, e por aí vai).
Depois disso, só mandar para o abraço. Mas não sem antes lembrar que:
É a SUA carta de apresentação. Seja você mesmo!
A carta de apresentação é uma prática antiga. Se você pesquisar, existirão milhares de modelos prontos na internet (como o da plataforma de qualificação profissional Gupy, que você poderá conferir aí embaixo). Só preencher e enviar sem pensar duas vezes.
Mas, mais do que só se apresentar, essa é uma oportunidade de você cativar a empresa. Os modelos prontos podem servir de base, mas o ideal é que você aproveite a oportunidade para personalizar sua carta, e mostrar quem você é (ainda que só um pouquinho). Tire um tempo para escrevê-la em cada oportunidade, leia e releia o que escreveu, peça opinião de terceiros, enfim… Utilize essa ferramenta preciosa a seu favor: ela pode ser a chave para transformar o flerte em emprego fixo. Boa sorte 😉