Qual a diferença entre incubadora e aceleradora?
Spoiler: ambas dão uma força para startups em troca de algum benefício lá na frente.
Existe uma zona cinzenta entre as duas definições, já que tanto incubadoras como aceleradoras são entidades que dão uma força para startups em troca de algum benefício lá na frente. Essa força pode vir na forma de infraestrutura – escritório, internet, conta de graça em alguma nuvem – ou de dinheiro mesmo. Mas há algumas diferenças claras.
Uma incubadora, como o nome deixa claro, é a instituição que ajuda a startup quando ela mal saiu do papel, ou ainda é só uma ideia mesmo. Exemplo: o Hospital Israelita Albert Einstein tem uma incubadora, a Eretz.bio (eretz é “terra”, “solo”, em hebraico). Ela abriga 79 startups da área de saúde. É o caso da Kineticos, que desenvolve um app que monitora os movimentos do paciente via smartphone, ajudando a verificar o progresso no tratamento de doenças como o mal de Parkinson.
As incubadas não recebem dinheiro, mas têm acesso aos laboratórios e especialistas do Einstein para desenvolver seus produtos. As mais promissoras recebem investimento em dinheiro, e passam a ter o hospital como sócio. E aí pulamos para o terreno das aceleradoras de fato. O negócio delas é pagar para virar sócia mesmo.
A Darwin, aceleradora de Florianópolis (SC), por exemplo, oferece R$ 200 mil em troca de 7% do capital das startups que queiram fazer parte do programa dela. Um caso célebre é o da americana Y Combinator. Em 2008, ela pagou US$ 20 mil por 6% do Airbnb. Hoje, essa mesma fatia vale US$ 1,8 bilhão.