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9 em cada 10 brasileiros já “passaram um Pix” para pagar lojas

Segundo uma pesquisa da Fiserv, além do Pix ter se tornado o querido das transações bancárias, ainda há muito potencial inexplorado na tecnologia.

Por Luana Franzão
21 ago 2024, 08h00
A imagem mostra uma pessoa usando um smartphone para escanear um código QR. O código QR está impresso em um papel dentro de uma moldura, que está apoiada em uma superfície plana. A tela do smartphone exibe a câmera focando no código QR.
80% dos entrevistados consideram o Pix seguro. (Freepik/Reprodução)
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Pix se adaptou bem ao estilo de vida brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Fiserv, empresa global de tecnologia financeira, aponta que apenas 2% dos brasileiros bancarizados não usam a ferramenta. 

As transferências de pessoa física para pessoa física ainda representam a maior parte das transações, mas a quantidade de transferências de pessoas para empresas está crescendo – praticamente dobrou em um ano: de R$ 978 bilhões em julho de 2023 para R$ 1,88 trilhão no mês passado.

Este é o nicho visado pela companhia tech, que enxerga espaço para a criação de tecnologias que facilitem esse processo para clientes e estabelecimentos, e minimize a perda de vendas devido ao mau funcionamento dos pagamentos.

Em geral, a experiência do Pix é entendida como um facilitador da vida financeira – 89% dos respondentes da pesquisa concordaram com essa afirmação. 78% usam o recurso ao menos uma vez por semana.

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76% dos entrevistados já usou o Pix para pagar lojas físicas e e-commerces, mas a transação nem sempre é a mais simples. Abrir o aplicativo, colocar a senha, ler o QR code ou digitar a chave, dar o Ok, e só então, acabou. Ter tantos passos até o momento final pode criar mais chances para intercorrências.

Quem não costuma usar o Pix em estabelecimentos físicos cita a necessidade de acesso à internet (nem sempre disponível), a insegurança de usar o aplicativo do banco em locais públicos e a demora no processo como motivos. Imagine (ou lembre, caso já tenha vivido) que o Pix sai da sua conta, e por algum motivo, parece demorar para cair na conta da loja. 

Os benefícios oferecidos por operadoras de cartões de crédito (como a lúdica acumulação de pontos) também afastam os usuários do Pix.

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A ideia da Fiserv é criar facilitadores para esse momento, e disponibilizá-los o mais rápido possível para os estabelecimentos, e consequentemente, aos clientes. O Pix por aproximação, anunciado pelo BC, chega em fevereiro do ano que vem e o Pix offline está nas possíveis cartas para o futuro. Essas novidades podem acelerar o processo de adoção do Pix para todos.

O uso do Pix ainda está majoritariamente atrelado a transferências informais e ao pagamento de contas. Quem usa gosta: associa à agilidade e segurança.

80% dos entrevistados consideram o Pix seguro. Há empate com o cartão de crédito e débito. O método que menos consideram seguro é o boleto bancário (que tende a ser substituído por opções como o Pix, na percepção da Fiserv).

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Fraudes e golpes fazem parte do léxico quando falamos em transações financeiras. Não ficou de fora da pesquisa. A maior parte dos usuários não associa golpes a um defeito no Pix, e sim às ações de terceiros. 35% dos respondentes dizem ter recebido tentativas de golpe no Whatsapp várias vezes. 28% nunca recebeu.

76% de quem recebeu se safou – não fez a transferência por saber se tratar de um golpe. 15% fez o Pix depois de receber a mensagem e 9% pediu para alguém fazer.

As opiniões foram coletadas pelo Painel de Consumidores Opinion Box, que tem mais de 1 milhão de cadastrados. Foram 2020 entrevistas online, entre 4 e 24 de junho, por um questionário de 48 perguntas. As respostas vieram sobretudo de pessoas entre 30 e 49 anos, das faixas de renda familiar D e E.

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