Mercado global agora tem excesso de semicondutores

TSMC e Samsung, duas gigantes da produção de chips, veem seu lucro cair no segundo trimestre.

Por Júlia Moura
Atualizado em 11 ago 2023, 09h50 - Publicado em 11 ago 2023, 05h43
-
 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Um dos problemas da pandemia foi a falta de semicondutores para atender à alta demanda por eletrônicos em meio a gargalos de produção. Agora, há chips em excesso no mundo. É o que os balanços das fabricantes apontam.

A divisão de semicondutores da Samsung acumula perdas de US$ 7 bilhões em 2023. Outro dado da gigante coreana explica o porquê: no segundo trimestre, as vendas de chips caíram 22% em relação ao mesmo período do ano passado. A coisa está tão ruim que os meses de abril, maio e junho foram o pior trimestre da companhia em 14 anos, com uma queda de 84% no lucro líquido, para US$ 1,35 bilhão. 

Compartilhe essa matéria via:

Trata-se do efeito-rebote de 2020, quando a demanda por eletrônicos disparou. Agora, a procura por smartphones e notebooks esfriou, enquanto a fabricação de chips se expandiu. 

[A falta de chips] foi um problema pontual durante os dois anos de pandemia. Ele se resolveu. Hoje está sobrando chip no mundo”, afirma Helio Bruck Rotenberg, CEO da Positivo Tecnologia, em entrevista à Você S/A.

Continua após a publicidade

E não é só porque todo mundo já montou seu home office. As vendas não andam bem principalmente porque a economia da China está patinando, isso enquanto países ricos seguem subindo juros, o que reduz o consumo de itens mais caros, caso dos eletrônicos.

A TSMC, que fornece chips para Apple e Nvidia, só não está tão ruim quanto a Samsung por conta da febre em torno da IA. A receita da taiwanesa caiu 10% no segundo trimestre, para US$ 15,6 bilhões, levando a companhia a ter sua primeira queda de lucro em quatro anos, com um recuo de 23%. A expectativa dos executivos é que o resultado de 2023 como um todo seja semelhante: tombo de 10% na receita, ante os 5% que previam no começo do ano, adiando para 2025 o início da produção em larga escala na fábrica que estão construindo no Arizona.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.