Semana de trabalho de 4 dias: parece que funciona, diz estudo
O programa que testa a jornada de trabalho de 32h no Reino Unido chegou à metade, e boa parte das empresas disse que a produtividade se manteve – ou que aumentou.
Um experimento sobre a jornada de trabalho de quatro dias por semana chegou à metade com a maioria das empresas dizendo que não notaram nenhuma perda de produtividade. Em alguns casos, ela até aumentou. O programa, que começou em junho e terminará no final de novembro, conta com a participação de 73 companhias no Reino Unido. 3.300 funcionários estão trabalhando 32 horas por semana, com o mesmo salário que recebiam por 40 horas.
35 de 41 empresas que responderam até agora um questionário da 4 Day Week Global, organização que administra o projeto, disseram que é “provável” ou “extremamente provável” que elas considerem permanecer com uma semana de trabalho quatro dias mesmo depois de o experimento terminar. 39 delas afirmaram que a produtividade permaneceu igual ou melhorou – dessas, 6 disseram que ela aumentou significativamente.
O questionário também quis saber como foi a transição para um dia a menos na jornada de trabalho dos funcionários. 12 companhias disseram que a mudança foi “muito tranquila”, 20 disseram ter sido “tranquila” e outros 8 acharam que foi mais ou menos. Só uma delas teve problemas com a mudança.
Em nota, o CEO da 4 Day Week Global, Joe O’Connor, disse que os obstáculos de transição são compreensíveis, especialmente em empresas que “têm práticas ou cultura comparativamente fixas ou inflexíveis”. A organização disse que está ajudando essas empresas a criarem um modelo de trabalho mais flexível, e que vai usar novas as descobertas do experimento para ampliar o número de companhias testando o modelo de 4 dias.
Além da 4 Day Week Global, participam do estudo o think tank Autonomy, o 4 Day Week UK Campaign e pesquisadores das Universidades de Cambridge e Oxford e do Boston College – estes últimos seguem trabalhando cinco dias por semana, até onde se sabe.