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Show do Bruno Mars, viagem a Dubai e até Botox: Conheça empresa que promete ser Netflix dos benefícios

À Você S/A, Eduardo Rodrigues, cofundador da Applause, explica como funciona a operação da empresa, que recebeu uma captação de R$ 2,9 milhões este ano.

Por Sofia Kercher
17 out 2024, 08h00
Eduardo Rodrigues, CEO da Applause.
Eduardo Rodrigues, CEO da Applause. (Divulgação/VOCÊ S/A)
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s colaboradores estão cada vez mais preocupados com qualidade de vida. As empresas, com a produtividade dos colaboradores. Nesse cabo de guerra corporativo, surge a Applause, uma startup de gestão de incentivos fundada por Eduardo Rodrigues em 2020.

A startup é uma plataforma que visa gamificar o conceito de “bater metas.” As empresas cadastram seus desafios – sejam eles vender produtos, participar de treinamentos, até vir presencialmente ao escritório – que os colaboradores podem trocar por pontos. 

Nessas, têm de tudo: Rodrigues abre a plataforma e mostra à Você S/A serviços que vão de Botox à viagens a Dubai. Restaurantes, massagens, passagens de hotel, hospedagens… tudo pode ser reservado por meio da plataforma, com base nos desafios personalizados pela empresa. Segundo o executivo, são mais de 5 milhões de experiências disponíveis.

Com clientes como IFood, MadeiraMadeira, e Ferrero Rocher, a empresa levantou R$ 2,9 milhões em uma rodada de investimento neste ano, e planeja expandir o marketing da plataforma – e sua visibilidade fora do país. Entenda como funciona a operação da empresa que, segundo Eduardo afirmou à Você S/A, promete “perpetuar uma cultura de alta performance dentro das empresas”.

Segundo o executivo, inclusive, a implementação da Applause gerou um aumento de produtividade de cerca de 20% a 30% nas empresas que a contrataram. Confira.

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Como funciona o modelo de negócio? 

Nosso módulo busca atrelar a bonificação à produtividade. A gente entrega ROI (retorno financeiro) para as empresas, e aos colaboradores oferecemos mais de 5 milhões de experiências na plataforma. A ideia é que, quando a pessoa conquista algo, ela não receba uma remuneração financeira diretamente, e sim pontos que podem ser trocados por uma hospedagem na Tailândia, Grécia, África do Sul… por exemplo. 

Nós somos uma SaaS [Software as a Service, do inglês. O modelo permite o acesso a softwares e outras soluções tecnológicas por meio da internet]. Oferecemos acesso à plataforma por meio de um pagamento mensal das empresas, definido com base no número de usuários.  

Depois de contratado o serviço, a empresa escolhe quantos pontos ela vai disponibilizar para cada desafio. A gente ajuda ela a fazer isso. Fazemos um workshop de design thinking para implementar o projeto dentro da companhia, trazendo o ambiente de mercado que temos para ajudá-las a escolher quais desafios serão estimulados, quanto cada desafio terá de pontuação (que varia conforme o budget da empresa).

Você pode nos contar alguns cases da empresa? 

O iFood nos procurou para incentivar seus colaboradores a criarem hábitos mais saudáveis. Criamos, então, missões do tipo: se você reduzir seu tempo de tela, fazer atividade física ao menos 3 vezes na semana, dormir bem, meditar, até pedir comida saudável pelo próprio aplicativo… você ganha pontos.

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Outro case foi de uma incorporadora do Paraná, que faz segmentos no setor de luxo. Eles estavam buscando estimular os vendedores a assistirem mais treinamentos. Nossa solução foi uma estratégia coletiva: os colaboradores só ganhavam os pontos se todos participassem — o que fez com que eles saíssem de três treinamentos assistidos para 80 no mês. Isso triplicou o número de visitas nos empreendimentos, e resultou num aumento de vendas de 150%. 

Inclusive, temos empresas fazendo isso com o home office: cada vez que o colaborador vai ao escritório, recebe pontos por isso. É uma maneira de incentivar o funcionário a ir mais ao presencial, sem puni-lo por isso. Muito pelo contrário, inclusive.

Vocês têm esse número de modo mais geral? Sobre esse aumento de produtividade nas operações? 

Esse citado anteriormente deve ilustrar o movimento. Mas, em alguns dos nossos clientes, já percebemos um aumento de 25% a 30% na produtividade dos colaboradores. 

Inclusive, temos empresas fazendo isso com o home office: cada vez que o colaborador vai ao escritório, recebe pontos por isso.

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Você diria, então, que essa é uma forma diferente de olhar para um PLR, por exemplo? 

Esse é um bom gancho, Sofia: a ideia é valorizar os colaboradores de uma forma mais humanizada, aumentando a sinergia entre a empresa e seus colaboradores. 

Essa é uma tese muito difundida nos Estados Unidos. As experiências proporcionam outra relação de agradecimento ao colaborador. É diferente de depositar um valor em dinheiro – que provavelmente será destinado a pagar as contas. Além disso, claro, há uma redução de custo para as empresas. Isso traz um valor interessante para ambas as partes.

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