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Quais são as carreiras do momento e o que fazer para se garantir nelas

Mesmo na crise, há profissões que estão em alta e oferecem bons salários e chances de desenvolvimento

Por Por Elisa Tozzi
Atualizado em 17 dez 2019, 15h19 - Publicado em 11 out 2016, 12h31

Em um ano tão desafiador como o que estamos enfrentando, saber que algumas carreiras continuam aquecidas é uma ótima notícia. Nas próximas matérias, você vai descobrir quais são as posições mais demandadas pelo mercado e quais competências ajudam os profissionais a manter o passe valorizado. 

O levantamento, feito com base no Guia Salarial 2017 da Robert Half, consultoria de recrutamento com sede em São Paulo, e divulgado com exclusividade na VOCÊ S/A, mostra que, embora os salários não tenham tido grandes reajustes, as empresas precisam de pessoas que estão dispostas a colocar a mão na massa e usar a crise como um momento para aprender mais e assumir novas responsabilidades. 

Do lado de quem está procurando emprego, o conselho é controlar a ansiedade (afinal, o tempo médio para recolocação subiu), investir no aperfeiçoamento pessoal (seja fazendo um curso de inglês online ou conquistando uma certificação) e ser mais cuidadoso na escolha de um trabalho. “O ideal é avaliar se aquela companhia oferece um projeto sustentável para a sua carreira, se aquilo é compatível com o que você busca e se há perspectivas de crescimento do negócio”, diz Fernando Mantovani, diretor da Robert Half. 

Claro que isso pode ser um pouco difícil quando o dinheiro fica curto, mas ter esse raciocínio mais frio e pensar no médio prazo faz bem – qualquer que seja a situação econômica. “A sensação que temos, pelo contato constante com as companhias, é que existe um otimismo para uma retomada econômica a partir do segundo semestre deste ano”, afirma Fernando. A seguir, você confere o primeiro dos oito setores avaliados com carreiras em alta. 

1. Finanças

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Parceiro de negócio 

Um dado de uma pesquisa da Robet Half feita com 100 CFOs brasileiros mostra a pressão da área de finanças neste ano: 95% dos diretores estão preocupados com a capacidade de suas equipes entregarem metas em 2017. A explicação é simples: esse setor  é o primeiro a sentir o sufoco da crise. Afinal, o setor é o responsável por manter as contas em dia – algo ainda mais importante quando está difícil fechar novos negócios e atrair dinheiro. 

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“Finanças é a guardiã da rentabilidade da empresa”, diz Danylo Hayakawa, gerente da divisão de finanças e contabilidade da Robert Half. Embora exista essa cobrança, os times estão menores e só sobrevive quem é muito bom. “As trocas de profisisonais acontecem porque as empresas querem as pessoas mais qualificadas e eficientes”, diz Alexandre Attauah, gerente sênior de finanças e contabilidade da Robert Half. 

O perfil procurado é o de quem faz mais com menos e que está acostumado a trabalhar bem próximo do negócio. “É preciso trazer valor para a empresa”, diz Marcela Esteves, gerente da Robert Half. As áreas fiscal, contábil e de auditoria estão com vagas abertas. E há uma boa notícia para os mais jovens: os analistas não têm mais apenas um papel operacional. Eles são incentivados (e cobrados) a ter uma atuação mais estratégica e têm a possibilidade de assumir mais responsabilidades. 

Auditoria vive bom momento 

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O carioca radicado em São Paulo Carlos Renato Trisciuzzi, de 42 anos, trilhou uma longa  carreira no setor de auditoria. Do primeiro emprego até o atual, como diretor corporativo de auditoria no Walmart, rede varejista com escritório na capital paulista, o executivo soma 23 anos de profissão. Durante essas mais de duas décadas, ele viu o mercado em que atua se profissionalizar — e aumentar a demanda por pessoas altamente capacitadas. 

Carlos Renato Trisciuzzi, diretor corporativo de auditoria no Walmart

“A auditoria cresce quando a governança das operações evolui. No Brasil, o setor começou a ganhar força a partir dos anos 2000, por conta da evolução do mercado de capitais. Com a lei anticorrupção de 2014, a demanda aumentou”, diz Carlos. Há dois anos no Walmart, seu papel, além de liderar a equipe de auditores da companhia, é atuar como parceiro de negócios da diretoria e presidência. “A área é, muitas vezes, vista como independente. Mas, por ter a visão holística do negócio, nós conseguimos indicar para a companhia quais são as consequências positivas e negativas de uma decisão. Nosso papel é mostrar como aumentar a eficiência e minimizar os ricos”, afirma Carlos. 

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Competências essenciais

• Bom nível de inglês

• Foco em resultado

• Habilidade para negociar

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• Trabalho em equipe

Onde há vagas

• Agronegócio

• Exportação

• Setor farmacêutico

• Indústria da beleza

• Tecnologia

Salários em alta

Auditor 

• Empresas P/M* = alta de 6,6%

   2016: de 3 100 a 9 000 reais

   2017: de 3 400 a 9 500 reais

• Empresas G* = alta de 5,3%

   2016: de 4 100 a 13 000 reais

   2017: de 5 000 a 13 000 reais

Analista contábil 

• Empresas P/M* = alta 6,4%

   2016: de 5 000 a 7 500 reais

   2017: de 5 500 a 7 800 reais

• Empresas G*= alta de 2,4%

   2016: de 6 600 a 10 000

   2017: de 7 000 a 10 000

* Divisão baseada em faturamento: 

P/M: até 500 milhões de reais; 

G: acima de 500 milhões de reais

Esta matéria foi publicada originalmente na reportagem de capa edição 218 da revista Você S/A

Você S/A | Edição 218 | Setembro de 2016 

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