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Abertura de mercado: bolsas em alta, e bitcoin de volta aos US$ 50 mil

Número de mortes por Covid nos EUA passa da barreira de mil por dia na média móvel – intensificando as apostas de que o Fed seguirá generoso.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 18 out 2024, 09h28 - Publicado em 23 ago 2021, 08h20
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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A alta da última sexta (de quase 1% para o S&P 500 e para o Ibovespa) seguiu hoje pelo resto do globo, com as bolsas da Ásia fechando no azul e as da Europa em alta neste momento. O petróleo, para completar, engata 3%. 

Tudo isso num momento em que o número de mortes por Covid nos EUA voltaram a quebrar a barreira de mil na média móvel diária – voltando aos índices de março. 

O mercado, afinal, é pragmático: a ascensão da variante delta pressiona o banco central deles a continuar bombeando dinheiro novo na economia. Esse dinheiro escoa para as bolsas, e as ações sobem.

É isso mesmo que o Fed vai fazer? A resposta, se vier, virá entre quinta e sábado, no Simpósio de Jackson Hole – um evento anual que acontece desde 1978, e junta presidentes de bancos centrais do mundo todo para discutir política econômica. O deste ano servirá basicamente como um fórum monotemático, no qual todos irão discutir se o Fed deve ou não deve pisar no freio.  

Em meio a tudo isso, o bitcoin voltou a passar dos US$ 50 mil (R$ 270 mil) – é o maior patamar desde maio, e não muito longe do recorde histórico (US$ 63 mil). Uma das molas propulsoras da cripto é a teoria de que o Fed imprimirá tantos dólares que a moeda americana sofrerá uma perda substancial de valor – o que já vem ocorrendo na prática, com a inflação nos EUA em 5% nos últimos 12 meses (metade da nossa, mas ainda assim muito para eles).    

​​Por aqui, o clima é de instabilidade institucional, agora que Bolsonaro entregou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes ao senado. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, já disse que “não há elementos para aceitar o pedido”. Mas a bagunça só torna o nosso mercado cada vez menos previsível. 

E é isso. Apesar dos pesares, boa semana, pessoal! 

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

O início da manhã nos índices dos EUA:

Futuros S&P 500: 0,35%

Futuros Nasdaq: 0,30%

Futuros Dow Jones: 0,44%

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*às 8h13

Europa

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50):  0,61%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,49%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,25%

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Bolsa de Paris (CAC): 0,89%

*às 8h14

Fechamento na Ásia

Fechamento da Ásia 

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,40%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,78%

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Hong Kong (Hang Seng): 1,05%

Commodities

Petróleo*

Brent: 3.02%, a US$ 67,15

WTI: 2,91%, a US$ 63,95

Minério de ferro: -2,66% no porto de Qingdao (China), a US$ 136,71 a tonelada

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*às 8h17 

Agenda

8h25: Boletim Focus, do BC, atualiza as expectativas do mercado financeiro para inflação, taxa Selic, dólar e PIB.

9h30: Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago – ele mede mensalmente a evolução da economia e a pressão inflacionária nos EUA. 

15h: Balança comercial da 3a semana de agosto

15h30: Receita Federal divulga os dados da arrecadação com impostos em julho.

market facts

AES: alta de 12% 

As ações da AES Brasil subiram 12% desde a última terça (17), data do anúncio de uma joint venture com a BRF para a construção de um parque eólico no Rio Grande do Norte. A usina da AES irá suprir 30% da energia elétrica que a produtora de alimentos usa no Brasil.

Gasolina a R$ 7

O preço médio da gasolina já chegou a R$ 7 no Rio Grande do Sul, de acordo com a ANP. É o primeiro Estado a alcançar esse patamar. No país, a média é de R$ 5,86. Há um ano, era R$ 4,23. Ou seja: a alta acumulada nos últimos 12 meses é de 38%, contra 9% da inflação. 

Vale a pena ler:

R$ 4,20 – o valor em que o dólar deveria estar

De acordo com economista Livio Ribeiro, da FGV, o preço “justo” do dólar seria em torno de R$ 4,20 – em vez dos R$ 5,30, R$ 5,40 da vida real. As exportações, em alta, garantiriam esses 20% de queda, já que trazem dólares para o país. As exportadoras, porém, têm mantido boa parte de seus dólares fora do país, por conta da má gestão econômica do governo, o que não deixa o dólar cair. O jornalista Fernando Canzian analisa a situação, na Folha. Leia aqui.   

Covid: dois meses sem alta

O Brasil completou neste domingo 60 dias sem alta na curva de mortes por Covid. De acordo com o levantamento independente da revista Veja, a média móvel dos últimos sete dias ficou em 781 óbitos. É a primeira vez desde o início de janeiro que vemos esse índice abaixo de 800. A revista mostra a evolução da pandemia em cada um dos Estados e nas capitais. Leia aqui.  

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