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Ações da Amazon (AMZO34) vivem montanha russa após balanço; entenda

Investidores primeiro comemoraram os números sólidos, mas o tom pessimista da empresa logo acabou com o bom humor. Agora, Wall Street fica de olho na inflação americana.

Por Bruno Carbinatto
28 abr 2023, 08h15
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A Amazon divulgou seu balanço ontem, depois do fechamento do mercado, e as ações viveram uma montanha-russa no after market em Nova York. Chegaram a subir 12% logo após a leitura dos números, considerados acima do esperado pelo mercado. A empresa registrou lucro líquido de US$ 3,172 bilhões — revertendo um prejuízo de US$ 3,844 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior, e acima do esperado pelo consenso.

Na call de resultados, porém, uma fala pessimista reverteu o bom humor. A empresa revelou que o crescimento da AWS, sua operação de serviços em nuvem, está mais lento agora em abril. O segmento é o mais rentável da empresa, mas já mostrou sinais de esfriamento. No primeiro trimestre, a receita da AWS cresceu “só” 16%, o menor salto desde que a empresa passou a divulgar o crescimento de cada segmento separadamente.

Analistas esperam agora que o crescimento da AWS possa ser reduzido para valores de um dígito, com a empresa focada em cortar custos num cenário de desaceleração global. E isso desanima investidores, já que a plataforma de serviços em nuvem é a que possui maior potencial de crescimento entre os negócios da empresa – bem mais do que as vendas onlines, setor original da Amazon.

Após a declaração pessimista, os papéis despencaram do pico da montanha russa e fecharam o after em queda de 2%. Às 7h50 desta sexta-feira, as ações da Amazon continuam em queda, neste mesmo patamar, no pré-market de Nova York.

Na semana, as big techs garantiram, em geral, o bom humor de Wall Street, com fortes resultados da Meta, Microsoft e Alphabet. A Amazon, então, veio para servir como um plot twist nessa história. Nesta sexta-feira, o destaque muda das techs para energia: Exxon e Chevron divulgam seus balanços antes da abertura do mercado.

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Na agenda do dia, porém, o grande destaque fica para o PCE de março, índice de inflação preferido do Fed. O mercado espera que a inflação fique em 4,5%, de 4,6% em fevereiro.

O dado vai embasar os palpites dos investidores para o próximo passo do banco central. Na semana que vem, o comitê do Fed se reúne para decidir se aumenta os juros. Por enquanto, as apostas se dividem em um novo aumento de 0,25 ponto percentual (maioria) ou a manutenção da taxa atual (minoria). O PCE é divulgado às 9h30.

Ontem, um outro número importante para essa novela foi revelado: o PIB dos EUA. Ele veio baixo, mostrando uma desaceleração da economia americana (e os investidores comemoraram – entenda aqui). 

Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,38%

Futuros Nasdaq: -0,29%

Futuros Dow: -0,38%

*às 7h57

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market facts

Brasileiros de volta às compras

O consumo dos lares brasileiros cresceu 1,98% no primeiro trimestre do ano em relação a 2022, segundo dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Em março, o crescimento foi de 7,29% ante fevereiro e de 4,5% na comparação anual. A entidade está otimista e projeta um crescimento anual de 2,5% em 2023. Entre os motivos que impulsionam o consumo, segundo a associação, estão a queda do IPCA, o aumento do salário mínimo e a manutenção dos programas de transferência de renda do novo governo.

Planos de saúde atrasam e recusam mais pagamentos

Em crise, as operadoras de planos de saúde estão atrasando ou recusando mais pagamentos a hospitais e laboratórios – algo conhecido como glosa –, segundo a ANS. Do valor total referente a procedimentos realizados no segundo semestre de 2022, 18,16% não foram pagos após 60 dias da cobrança. Um ano antes, esse índice ficou em 12,77%. O maior número de glosas reflete o turbulento cenário das operadoras de saúde, que fecharam o ano em prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões, o maior da história. A demanda reprimida de procedimentos eletivos da pandemia chegou como uma tsunami nos planos, e a sinistralidade (porcentagem da receita que vai para cobrir os gastos dos clientes) está em patamares altíssimos. 

Agenda

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9h IBGE divulga taxa de desemprego de março 

9h30 EUA divulgam índice de preços de gasto com consumo (PCE)

14h30 Lula se reúne com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,99%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,30%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,48%

Bolsa de Paris (CAC): -0,30%

*às 8h03

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,02%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,40%

Hong Kong (Hang Seng): 0,27%

Commodities

Brent: 0,63% a US$ 78,86 o barril

*às 7h41

Minério de ferro: -0,97%, cotado a US$ 103,13 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

Vale a pena ler:

Os danos do workaholismo

O “vício em trabalhar” ainda é visto como vantagem em algumas empresas, mas não passa de um comportamento compulsivo. Longas jornadas de trabalho causam danos à saúde física e mental – e diminuem a produtividade, causando o efeito contrário do desejado. Conheça as causas e consequências do comportamento workaholic nesta reportagem da VOCÊ S/A.

Nova pandemia? Mas já?

O aumento de casos de infecção por H5N1 identificado em aves, mamíferos e humanos tem causado preocupação. Ele causa a gripe aviária, doença  altamente letal, mas que, felizmente, afeta pouco os humanos: nas últimas duas décadas, 868 pessoas foram infectadas, e todas tiveram contato direto com pássaros que carregavam o vírus. A transmissão entre humanos não foi identificada até hoje. Porém, suspeitas de que o H5N1 possa estar se tornando mais transmissível entre mamíferos levantam alerta para uma possível nova e perigosa crise de saúde pública global. Entenda os reais riscos nesta reportagem da Revista Superinteressante.

Temporada de balanços

Antes da abertura: Chevron e ExxonMobil

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