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Após disparada de mais de 6%, petróleo desacelera alta e apazigua temores inflacionários

Passado o baque inicial do corte da Opep+, investidores aguardam novos dados para medir real impacto da alta do barril nos preços.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 21 out 2024, 10h36 - Publicado em 4 abr 2023, 08h38
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Depois de saltar mais de 6% ontem, o petróleo desacelera ganhos. Por volta de 8h22, o Brent subia 0,79%, a US$ 85,60. Os índices futuros americanos apreciam a calmaria e também operam em alta.

Passado o susto com o corte da Opep+ (cartel dos países exportadores de petróleo), de um milhão de barris por dia, investidores aguardam novos indicadores para ver o real efeito da medida na inflação. Afinal de contas, os juros mais altos também estão impactando a economia, desacelerando-a. Resta saber quem vence esse cabo de guerra por ora.

Hoje, alguns dados americanos podem iluminar o caminho de investidores. Às 11h, o governo americano divulga o relatório Jolts, que mede o número de vagas de trabalho abertas e fechadas no país em fevereiro. A esperança é que as contratações tenham desacelerado, já que a força do mercado de trabalho é uma das principais propulsoras da alta dos preços. 

No mesmo horário, há o desempenho do volume de encomendas à indústria em fevereiro, com expectativa de queda em relação a janeiro.

Mais tarde, três Fed girls (Loretta Mester, Susan Collins, e Lisa Cook) participam de evento, onde podem elucidar os planos do banco central americano para a taxa básica de juros do país, hoje em 5%. Por ora, 64% das apostas vão para uma alta de 0,25 ponto percentual em maio. 

Para um cenário diferente, seria necessário, nesse caso, combinar com os árabes.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros do S&P 500: 0,36%

Futuros do Dow Jones: 0,21%

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Futuros do Nasdaq: 0,43%

*às 8h20

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Follow-on da Hapvida

No domingo à noite, a Hapvida anunciou um follow-on de 329,34 milhões de ações, que devem movimentar R$ 863 milhões. Faz parte do plano de reforço do caixa da empresa para aumentar a liquidez. 

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Em um ano, as ações da companhia desabaram 80%. A queda tem sido especialmente forte desde 1° de março, quando a operadora de planos de saúde reportou um prejuízo de R$ 316 milhões (-35% em relação ao mesmo período do ano anterior) e dívida de R$ 7 bilhões no 4° trimestre de 2022.

Depois do comunicado de follow-on, as ações HAPV3 caíram 6,48%, cotadas a R$ 2,45. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brasil, 10h: Secretário Extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, participa de evento “Brazil Investment Forum”, do Bradesco BBI;

Brasil, 10h30: Fenabrave traz número de emplacamentos de veículos em março;

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EUA, 11h: relatório Jolts sobre empregos de fevereiro;

EUA, 11h: encomendas à indústria em fevereiro;

Brasil, 14h: diretor de Regulação do BC, Otavio Damaso, participa do Brazil Investment Forum;

EUA, 14h30: presidente do Fed de Boston, Susan Collins, e diretora do Fed, Lisa Cook, falam em evento;

Brasil, 17h: Haddad participa do Brazil Investment Forum;

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EUA, 17h30: estoques de petróleo do API;

EUA, 19h45: presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, participa de evento.

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,78%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,06%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,97%

Bolsa de Paris (CAC): 0,66%

*às 8h08

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,31%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,35%

Hong Kong (Hang Seng): -0,66%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: 0,79%, a US$ 85,60

Minério de ferro: -2,06%, a US$ 128,15 na bolsa de Dalian

*às 8h22

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Saldão da casa própria

O preço dos imóveis em países desenvolvidos tem registrado baixas recordes para os últimos 15 anos. É resultado da alta nas taxas de juros, que encareceu o crédito e, consequentemente, diminuiu a demanda por novos financiamentos. Aí a regra é clara: demanda menor para a mesma oferta é sinônimo de queda nos preços. Má notícia para os proprietários de imóveis, que tem em mãos um bem perdendo valor. A The Economist explica porquê os preços devem continuar caindo por mais algum tempo – e como, neste momento, nem os interessados em comprar imóveis estão saindo ganhando.

Varejistas anti-Shein

As varejistas nacionais estão incomodadas com a concorrência das plataformas de varejo estrangeiras – em especial as asiáticas Shein, Shopee e AliExpress. Os empresários brasileiros reclamam que a competição é desleal, já que as empresas internacionais não pagam os impostos e custos trabalhistas do Brasil. Como resultado, elas conseguem oferecer preços mais baixos e atrair mais consumidores. A BBC conta essa treta, que se estende desde o governo Bolsonaro e tomou novo fôlego com o início do mandato de Lula.

 

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