Aprovação do arcabouço fiscal destrava agenda econômica em Brasília
Fim da novela traz algum alívio para a Faria Lima. Lá fora, investidores aguardam ansiosamente o balanço da Nvidia, a líder do rali da IA.
Bom dia!
Uma novela que o mercado acompanha há muito tempo finalmente chegou ao fim. O arcabouço fiscal, regra que substitui o teto de gastos no controle das contas públicas, foi aprovado ontem, já tarde da noite, na Câmara dos Deputados. A votação foi de 379 votos a 64.
O projeto já tinha passado pela Câmara em maio, mas, como o Senado modificou o texto, os deputados precisaram votar novamente. Essa segunda votação demorou para sair: o arcabouço ficou quase 50 dias parado, enquanto governo federal e Câmara negociavam. Como é a pauta econômica principal da gestão petista, todo o resto da agenda ficou travado esse tempo também.
Na nova votação, deputados confirmaram uma mudança feita pelo Senado: mantiveram o Fundeb e os recursos do Fundo Constitucional do DF fora do limite de gastos. Mas rejeitaram a emenda dos senadores que deixaria despesas com ciência e tecnologia fora da nova regra. O texto agora segue para sanção presidencial.
O fim dessa novela traz algum alívio à Faria Lima, que temia que os desentendimentos entre governo federal e Arthur Lira, o presidente da Câmara, travasse as votações importantes por tempo indeterminado.
A aprovação do arcabouço é uma vitória para Lula e Haddad, mas o governo federal deve ter dificuldades para cumprir as suas metas seguindo as próprias regras do jogo. Nenhum economista realmente acredita que o déficit público será zerado em 2024, como prevê o Ministério da Fazenda. Até porque, para isso, seria necessário um aumento extraordinário da arrecadação.
Haddad e sua equipe econômica miram no topo da pirâmide para tentar cumprir essa meta: tributação de offshores, lucros e dividendos etc. Mas, além de precisarem de aprovação do Congresso, não parece ser suficiente para levar as contas ao azul, até porque não há esforços do outro lado da balança, ou seja, para cortar despesas.
Lá fora, outras notícias positivas. Na China, o minério de ferro segue em forte alta, no seu sétimo dia de valorização seguida. A commodity subiu 3,68% na bolsa de Dalian hoje.
E, em Nova York, as atenções se concentram em só um evento: divulgação dos resultados trimestrais da Nvidia. A gigante da tecnologia é a responsável principal pelo rali da Inteligência Artificial, quando investidores foram conquistados pelas maravilhas que os robôs podem trazer para o futuro. Agora, os números contarão como essa história anda no presente.
Bons negócios.
Futuros S&P 500: 0,27%
Futuros Nasdaq: 0,41%
Futuros Dow Jones: 0,17%
*às 8h01
Vale assina acordo de R$ 527 milhões com Ministério Público de Minas
A mineradora e autoridades federais e estaduais assinaram um acordo para recuperação do município de Barão dos Cocais (MG), após riscos de rompimento de uma de suas barragens obrigarem a evacuação emergencial de mais de 400 moradores.
R$ 527,5 milhões serão pagos para implementar medidas de proteção, mitigação, reparação e compensação de danos ao meio ambiente e moradores da região. Deste valor, R$ 44,5 milhões já foram desembolsados pela empresa.
No começo do mês, a Vale já havia firmado um acordo de R$ 40 milhões com o Ministério Público do estado para reparar danos em áreas danificadas em outra parte de Minas, no Vale em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.
14h00 Câmara vota MPs do Salário Mínimo e da correção da tabela do IR
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,41%
- Londres (FTSE 100): 0,68%
- Frankfurt (Dax): 0,16%
- Paris (CAC): 0,54%
*às 8h05
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,64%
- Hong Kong (Hang Seng): 0,31%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,48%
- Brent: -1,54%, a US$ 82,74
- Minério de ferro: 3,68% a US$ 112,06 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 7h55
“Gangue do Rolex”
O mundo dos relógios de luxo perdeu mais de 6,8 mil produtos ano passado (avaliados em US$ 1 bilhão) devido a roubos e furtos. Isso representa um substancial aumento de 60% em relação ao ano anterior.
Os dados são do Watch Register, divulgados nesta reportagem da Bloomberg. Ela traz informações sobre os crimes e as marcas mais procuradas pelos ladrões (spoiler: a número 1 está no título).
EUA, depois do fechamento: Nvidia