Balança comercial chinesa decepciona e traz pressão às bolsas globais
Por aqui, a ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã, reafirmou a importância da meta de déficit fiscal zero. Olhos agora se voltam para a votação da reforma tributária.
Bom dia!
A terça-feira começa com más notícias vindas da China — os números da balança comercial do país decepcionaram, pressionando as bolsas asiáticas durante a madrugada e os índices europeus nesta manhã. Nos EUA, os futuros abrem no vermelho (veja abaixo).
Ao invés de um superávit de US$ 79,1 bilhões, como o mercado projetava, registraram US$ 56,9 bilhões. Enquanto as importações surpreenderam com uma alta de 3%, contrariando a expectativa de queda de 4,8%, as exportações apresentaram a sexta queda mensal consecutiva, agora de -6,4%, quase o dobro da projeção (-3,3%).
A decepção com a balança comercial joga mais uma sombra sobre as metas de crescimento de 5% ao ano do dragão chinês. Se a segunda maior economia do mundo realmente confirmar que está em apuros, o mais provável é que o resto do mundo sinta o baque por meio de um efeito cascata — e que haja uma pressão negativa sobre o preço de commodities.
No Brasil, o noticiário segue sendo monopolizado por Brasília e pela briga em torno da meta fiscal.
No comunicado da decisão do Copom, divulgado na última quarta-feira, o Banco Central já havia cutucado o governo ao dizer que a manutenção da busca pelo déficit zero é importante para a ancoragem das expectativas de inflação.
Na ata do encontro, divulgada às 8h, o BC reforçou a mensagem e reafirmou “a importância da firme persecução dessas metas” Os olhos do mercado também se voltam para Roberto Campos Neto, que fala em evento no início da manhã.
Mas o documento é apenas um dos eventos do dia com potencial de mexer com os humores do mercado — hoje tanto a reforma tributária quanto a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024 estão em pauta.
No caso do orçamento, é pouco provável que os congressistas alterem a meta fiscal por conta própria. Tanto Arthur Lira, chefe da Câmara, quanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acompanham o discurso de Fernando Haddad e pedem que o governo siga perseguindo o déficit zero, por mais que seja difícil chegar ao número na prática.
A segunda pauta do dia é a sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que irá apreciar a reforma tributária. Depois de algumas semanas de enrosco, o próprio Lula voltou a atuar na linha de frente da articulação política para avançar o texto.
Ontem, o presidente se reuniu com lideranças partidárias para tentar destravar a pauta e costurar as alterações possíveis para aumentar a base de apoio. O encontro trouxe otimismo, com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmando que não irá dizer quantos votos tem, mas que a casa irá aprovar a reforma.
Bons negócios.
Futuros do S&P 500: -0,21%
Futuros do Nasdaq: -0,18%
Futuros do Dow Jones: -0,19%
*às 8h10
ChatGPT ganha mais um rival
A xAI, companhia de Inteligência Artificial de Elon Musk, anunciou ontem o lançamento do Grok nos Estados Unidos – um concorrente do ChatGPT que se alimenta de dados do Twitter. E vai funcionar via Twitter – apenas para usuários do pacote X Premium Plus, de US$ 16 por mês.
“Ele também responderá a perguntas picantes que são rejeitadas pela maioria dos outros sistemas de IA”, disse Musk. “Não o use se você odeia humor!”
- Dia todo: Câmara pode votar relatório preliminar da LDO. CCJ do Senado vota reforma tributária
- 08h30: Palestra de Roberto Campos Neto em evento da Bradesco Asset
- 11h20:Fernando Haddad palestra no BIF 2023
- 15h30, EUA: Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, discursa em evento
*Ao longo do dia, vários dirigentes do Fed participam de eventos: Lorie Logan Jeffrey Schmid, Christopher Waller, John Williams e Michael Barr a
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,24%
- Londres (FTSE 100): -0,05%
- Frankfurt (Dax): -0,17%
- Paris (CAC): -0,38%
*às 8h10
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,35%
- Hong Kong (Hang Seng): -1,65%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,34%
- Brent*: -1,94%, a US$ 83,50
- Minério de ferro: -0,48%, cotada a US$ 126,77
*às 8h11
Brasil, o país do zap
Ao menos é isso que disse o presidente do aplicativo, Will Cathcart, em entrevista à Folha de S. Paulo. Apesar de estar atrás da Índia e da Indonésia em número de usuários, o país é o que dispara a maior quantidade de mensagens. No papo, o executivo fala sobre a gratuidade do Whatsapp, a possibilidade da implementação de anúncios e parcerias para combater a propagação de fake news por ali.
Ao longo do dia: Dexco
Após o fechamento: Arezzo, Direcional, Iguatemi, Movida, Rede D’Or e Totvs