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Barril em alta de 3,96% puxa PETR4 – e Ibovespa fecha no verde, ao contrário de NY

As petroleiras se deram bem com a ameaça de corte por parte da Opep+ e mantiveram o mercado brasileiro no verde. Já o exterior permanece gato escaldado com as promessas de altas de juros pelo Fed e o BCE. 

Por Bruno Vaiano
Atualizado em 18 out 2024, 14h11 - Publicado em 29 ago 2022, 17h34
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 (Brenna Oriá/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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O Ibovespa, hoje, ouviu o velho conselho de mãe: se todo mundo pular do precipício, não é por isso que você vai pular também. 

O triunvirato da Big Apple começou e terminou o dia mal: fechou com quedas de 0,66% (S&P 500), 1,02% (Nasdaq) e 0,57% (Dow Jones), ainda que tenha ensaiado uma recuperação no fim da tarde. 

Mas o índice brasileiro, que quase se deixou levar pelo mau humor gringo nas primeiras horas da manhã, acabou subindo devagarinho ao longo do pregão e encerrou o expediente em ligeira alta de 0,02%. 

Foi uma vitória do petróleo contra o minério. O Brent subiu impressionantes 3,96%, e as petroleiras vieram no encalço: Petrobras (PETR4, 2,50% PetroRio (PRIO3, 2,52%) e 3R Petroleum (RRRP3, 1,94%) tiveram altas relevantes. 

O principal motivo da alta no Brent são as ameaças da Opep+. O cartel de 23 países vai se reunir semana que vem para discutir um corte na produção de combustível (isso apesar de ter anunciado, exatamente um mês atrás, que aumentaria a produção diária em 100 mil barris). 

Um segundo problema é o começo da temporada de furacões no Golfo do México – que, por questões óbvias de segurança, acaba reduzindo o output das 1.862 plataformas de petróleo (majoritariamente americanas) instaladas por lá. 

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Também existe a ameaça de conflito armado na Líbia, após uma tentativa de golpe de estado fracassada que deixou 35 mortos na capital Trípoli neste sábado. O país possui uma das dez maiores reservas de petróleo do mundo, ainda que não consiga sair do 17º lugar no ranking de produtores. A instabilidade política não ajuda, é claro. 

Outro vitorioso do dia: o Banco Pan (BPAN4), que vive basicamente de conceder crédito consignado, está ouriçado com a liberação dos dados de beneficiários do Auxílio Brasil: alta de 10,74%. 

Gastança eleitoral à parte, as previsões para a inflação no final do ano estão diminuindo. A mediana das estimativas do Boletim Focus da semana, divulgado hoje de manhã, aponta para um IPCA em 6,70% no final do ano. Na semana anterior, a bola de cristal dizia 6,82. Há um mês, 7,15%. 

Do lado do minério, não teve muito segredo. O medo de sempre com o pé no freio da economia chinesa – e consequente queda na demanda por aço – fez o preço da tonelada cair (-1,38% na bolsa de Dalian) e puxou a turminha heavy metal para baixo. Não colaborou o BTG, que tirou a recomendação de compra dos papéis da Usiminas (USIM5): a empresa acabou encerrando o pregão em -5,19% 

Nos EUA, o mercado não teve muito ânimo para sair da cama após o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole: ele afirmou o óbvio – que inflação se combate com juros, e que os juros americanos ainda não alcançaram o patamar necessário. O mais provável, portanto, é mais uma alta de 0,75 pp em setembro. Na Europa, o BCE deu mais ou menos o mesmo recado. Os índices, por lá, também terminaram o dia em baixa. 

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O Payroll (indicador de emprego americano) sai nesta sexta-feira e tem potencial para mexer com o coraçãozinho gelado do Fed – e, por tabela, com o humor dos investidores. A ver.

Boa semana!

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Maiores altas

Banco Pan (BPAN4): 10,74%
Vibra (VBBR3): 2,88%
CVC (CVCB3): 2,62%
Prio (PRIO3): 2,52%
Petrobras (PETR4): 2,50% 

 

Maiores baixas

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IRB Brasil (IRBR3): -5,58%
Usiminas (USIM5): -5,19%
Hapvida (HAPV3): -4,84%
CSN (CSNA3): -3,40%
Gol (GOLL4): -3,40%

 

Ibovespa: 0,02%, a 112.323 pontos

 

Em NY:

S&P 500: -0,66%, a 4.030 pontos

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Nasdaq: 1,02%, a 12.017 pontos

Dow Jones: -0,57, a 32.099 pontos

 

Dólar: – 0,88%, a R$ 5,03

 

Petróleo

Brent: 3,96%, a US$ 102,93 o barril

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WTI: 4,24%%, a US$ 97,01% o barril

 

Minério de ferro: –1,38%, a US$ 103,18 a tonelada, na bolsa de Dalian

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