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Bolsa fecha a semana em alta de 2,99%, por cortesia do ferro e do petróleo

O minério subiu 7,5% nesse período; o barril, 3,62%. Hoje, porém, foi dia de realização, com queda de 0,53% no Ibovespa. VIIA3 tomba mais 15%.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 21 out 2024, 10h21 - Publicado em 15 set 2023, 17h50
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 (Kauan Machado/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Se o Ibovespa não tivesse subido nesta semana, teria de ir para o hospital. O minério de ferro saltou 7,5% na bolsa de Dalian, de US$ 112,61 para US$ 121,05. O petróleo, 3,62%, a US$ 93, 93, maior patamar desde novembro do ano passado – impulsionado pelos racionamentos na produção da Arábia Saudita e da Rússia. 

Bom, para um índice que é 29% só Vale e Petrobras, com mais um chorinho de 5% das outras metálicas (CSN, Gerdau, Usiminas) e petroleiras (Prio, 3R, Recôncavo), a lógica pedia uma subida forte.     

E deu a lógica. Mesmo com a baixa desta sexta, o Ibovespa cravou 2,99% na semana, fechando em 118.757 pontos.

Em dólar, diga-se, a alta do índice ficou em mais de 5%, pois com o salto das commodities o real valorizou ante à moeda americana. Ela fechou esta sexta em R$ 4,87: -2,24% na semana (e estável hoje, -0,03%).

Tudo isso numa semana em que o S&P 500 ficou estagnado: 0,15% (e -1,22% hoje, num dia em que greves na Ford, na GM e na Stellantis deram uma desanimada nos trabalhadores da Rua do Muro, zona sul de Manhattan).

Rebote da China

Os dados econômicos que saíram nesta sexta mostra uma China mais forte que a encomenda: crescimento de 4,5% na produção industrial em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado (versus projeção de 4,1%) , e de 4,6% para as vendas no varejo (ante os 3,5% que apareciam na bola de cristal dos analistas). 

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Em julho, para comparar, o crescimento da produção industrial tinha ficado em 3,7%; as vendas no varejo, em 2,5%.   

Temos aí uma amostra de que os estímulos do governo chinês (via reduções nas taxas de juros do país) estão funcionando. O sistema de juros lá é mais complexo que o nosso. O BC local controla nove taxas de juros diferentes. E hoje mais uma delas caiu: a “taxa de recompra reversa” de 14 dias. Para simplificar: trata-se basicamente de uma Selic para empréstimos interbancários com vencimento em duas semanas (os da Selic, que também é a taxa para empréstimos entre bancos, com títulos públicos como garantia, vencem em um dia). 

E perdão pelo aposto: só não queríamos deixa aqui um termo áspero como “taxa de recompra reversa” sem ao menos passar uma lixa 😉 

A soma de boas sino-notícias fez o minério subir mais 2,33% hoje. Mas Vale (-0,83%) e cia não acompanharam. Valeu ali a lei da gravitação universal, já que elas tinham subido mais de 3% ontem (VALE3, mais ainda: 4,33%), justamente por conta da expectativa de que os dados da indústria e do comércio viessem bons. Vieram. E tivemos mais uma vez fenômeno do “sobe no boato, desce no fato”. 

Normal. 

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VIIA3: -15,56%

O atual Grupo Casas Bahia, formerly known as Via, segue seu calvário. Depois de ceder 19,82% na quinta, sextaram com mais uma queda violenta, de 15,56%, a R$ 0,76. Consequência do mal fadado follow on, e da situação periclitante das contas da empresa. Entenda direitinho aqui. 

A nova queda tragou outros papéis do varejo. Surpreendente seria se, num ano que já testemunhou a implosão das Americanas, as outras companhias do setor passassem incólumes pelas  

Mesmo assim, veja só, o Citi manteve recomendação neutra para VIIA3, com um preço-alvo generoso, R$ 2,30 – uma escalada de 200% sobre a combalida cotação atual. Nota: não muito tempo atrás, em 2021, a recomendação era de compra, com preço-alvo de R$ 20. 

O adepto do buy and hold que adquiriu VIIA3 naquele momento terá de esperar sentado por esse preço, talvez até a morte térmica do Universo conhecido.  

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Nessas horas, vale lembrar a opinião do Faria Lima Elevator: “’Preço-alvo’ é uma forma de o mercado garantir que ainda tem senso de humor”

Sextemos com essa. 

E até segunda! 

 

MAIORES ALTAS

Azul (AZUL4): 3,36%

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São Martinho (SMTO3): 3%

Suzano (SUZB3): 2,54%

 Eneva (ENEV3): 1,99%

Copel (CPLE6):1,91%

 

MAIORES BAIXAS

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Via (VIIA3): -15,56%

IRB Brasil (IRB3): -7,1%

Atacadão (CRFB3): -7,04%

Vamos (VAMO3): -5,53%

EzTec (EZTC3): -3,92%

 

Ibovespa:  -0,53%, a 118.757 pontos. Na semana, 2,99%.

 

Em Nova York

Dow Jones: 0,83%, a 34.618 pontos

S&P 500: 1,22%, a 4.450 pontos

Nasdaq: 1,56%, a 13.708 pontos

 

Dólar: -0,03%, a R$ 4,8712. Na semana, -2,24%.

 

Petróleo

Brent: 0,24%, a US$ 93,93. Na semana, 3,62%.

WTI: 0,67%, a US$ 90,77. Na semana, 3,73%.

 

Minério de ferro: 2,33%, a US$ 121,05 a tonelada

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