Bolsas devem esticar o rali de final de ano sob o patrocínio do Fed
Copom segura o ritmo da festa no Brasil ao fechar a porta para cortes mais acelerados na Selic
Bom dia!
O Copom decidiu controlar os ânimos da Faria Lima e não bancou uma nova rodada de chope para as festas de final de ano.
Ontem, o BC brasileiro fez o que prometeu e cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,75% ao ano. E, de novo, afirmou que os novos cortes devem ocorrer na mesma toada vista desde agosto: de 0,50 p.p. em 0,50 p.p.
Tudo na paz, exceto que uma turma grande dos investidores já vê espaço para que o ritmo de cortes ocorra de forma mais acelerada. Para o Copom, no entanto, é melhor manter o ritmo como está.
Em termos práticos, isso significa que o Brasil deve ter uma taxa de juros real ao redor 6% ao ano. No ritmo sinalizado de queda da Selic, o Bank of America espera que o juro termine 2024 em 9,5% ao ano. Descontada a inflação projetada pelo Banco Central para o próximo ano, de 3,5%, chega-se aos 6%. Trata-se de um juro real salgado – no vocabulário do BC, contracionista.
Um dos motivos, segundo os diretores do BC, é que o cenário externo ainda é incerto. No exterior, os bancos centrais continuam na tarefa de levar a inflação até as suas metas, isso num cenário em que o emprego e a atividade econômica permanecem sólidas. O benchmark aqui vem dos Estados Unidos.
Por outro lado, é justamente de lá que vem o alívio. Ontem o Fed finalmente confirmou as apostas do mercado e disse que não será preciso promover novos aumentos de juros por lá para levar a inflação até os 2% ao ano. Mais: Powell disse que o BC americano está naquele limiar em que manter a mão de ferro pode causar um estrago maior no PIB.
Nós explicamos aqui a virada de chave nos EUA. Agora é hora de esperar o Banco Central Europeu, que decide os juros do bloco nesta manhã. A divulgação ocorre às 10h15.
A dissonância entre o BC e o Fed deve ficar em segundo plano nesta quinta-feira. Isso porque a virada de mão nos EUA está turbinando o clássico rali de final de ano das bolsas. Até o petróleo voltou a subir com vontade – e deve dar uma mão para as ações de Petrobras e cia nesta quinta.
Os futuros em Nova York também continuam no azul nesta manhã. E o EWZ, o ETF da bolsa brasileira em Wall Street, vai avançando 0,34%. Fica difícil bancar o pessimista num cenário desses. Bons negócios.
Futuros S&P 500: -,30%
Futuros Nasdaq: 0,44%
Futuros Dow Jones: 0,23%
*às 7h42
09h: Reino Unido divulga decisão de política monetária
09h: IBGE divulga vendas no varejo; expectativa é de alta de 0,3%
09h30: Haddad discursa na abertura da Trilha Financeira do G20, no Palácio do Itamaraty
10h15: BCE divulga decisão de política monetária
10h30: EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego da semana até 09/12
10h30: EUA/Deptº do Comércio: Vendas no varejo de novembro
18h15: Secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, preside reunião do Conselho de Supervisão de Estabilidade Financeira
23h: China/NBS: produção industrial e vendas no varejo de novembro
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 1,01%
- Londres (FTSE 100): 2,21%
- Frankfurt (Dax): 0,78%
- Paris (CAC): 1,30%
*às 7h44
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,52%
- Hong Kong (Hang Seng): 1,07%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,73%
- Brent*: 2,07%, a US$ 75,80
- Minério de ferro: -1,05%, a US$ 132,97 na bolsa de Dalian, na China
*às 7h45
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