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Chineses se revoltam contra Covid zero e queimam bolsas globais

Protestos em Xangai pedem a saída de Xi Jinping, que acabou de ganhar um inédito terceiro mandato. Petróleo afunda 3%. No Brasil, foco continua na transição – com Lula e Haddad em Brasília.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h04 - Publicado em 28 nov 2022, 08h06
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

Chineses se insurgiram no final de semana contra as políticas ultra restritivas do controle da Covid. O gatilho foi um incêndio em um prédio residencial em Xangai, que fez vítimas porque a área estava isolada pelas restrições contra a disseminação da doença.

Manifestações foram registradas em mais de 10 cidades, com dezenas de milhares de pessoas indo às ruas. Em algumas regiões, elas pedem não só alívio da política de Covid Zero, mas criticam também o líder Xi Jinping, que acabou de “ganhar” do Partido Comunista Chinês um inédito terceiro mandato. Protestos dessa magnitude não são comuns no país, e críticas ao líder tendem a se converter em anos de prisão.

O fato é que chineses estão cansados das medidas extremas de controle da doença, ainda que ela tenha evitado centenas de milhares de mortes no país. A falta de clareza dos próximos passos abala a confiança da população. E isso, claro, combinado com os danos que restrições tão longas têm causado na economia.

As bolsas globais mergulharam no negativo e dão o sinal vermelho para os futuros dos índices americanos. O petróleo também afunda, numa sinalização de que protestos por lá podem reduzir ainda mais o crescimento e afetar a demanda global pela commodity. 

Aos protestos chineses se soma a espera por indicadores cruciais da economia americana, de inflação ao consumidor e desemprego. Esses dados ajudam o Fed (o BC dos EUA) a decidir se é mesmo a hora de reduzir a intensidade da alta de juros. A ata da última reunião, publicada semana passada, indica que o Fed está disposto a subir juros a 0,50 p.p. por vez a partir de agora, isso após o mais agudo ciclo de alta de juros em décadas.

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No Brasil, o foco continua na transição de governo. Na semana passada, o noticiário colocou Fernando Haddad na cadeira de ministro da Fazenda. Só que a fala do ex-prefeito de São Paulo em evento do setor bancário não foram consideradas pró-mercado o bastante. 

Para piorar, o que se ventilou em Brasília é que Pérsio Arida seria o “contraponto” ortodoxo a Haddad. O problema é que Arida, em entrevista a Folha, negou que pretenda ocupar qualquer cargo no novo governo.

A partir desta segunda, Haddad está em Brasília ao lado de Lula, isso enquanto a equipe de transição vai tentando emplacar a PEC que permitirá a continuidade dos pagamentos do Bolsa Família. Serão dias tensos. Boa semana.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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*às 7h57

market facts

Oi estuda pedir crédito para pagar credores

De acordo com a Coluna do Broadcast, a Oi está estudando recorrer a um novo empréstimo para pagar dívidas. Para isso, ela usaria como garantia as ações da empresa de fibra ótica V.tal, cujo controle é 38,5% da Oi e 61,5% do BTG Pactual. 

O empréstimo serviria para pagar os credores antigos que se recusam a participar da reestruturação em andamento: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú Unibanco. Em novembro, as três instituições se uniram na justiça para pedir a prorrogação do processo de recuperação judicial e bloqueio de ativos da operadora, como forma de garantir que ela pagará as dívidas. Juntos, os bancos têm R$ 6,9 bilhões a receber da Oi. 

Vale a pena ler:

Dois anos de Pix

O Pix movimenta R$ 1 trilhão por mês, e reduziu em 11% a circulação de dinheiro de papel desde que foi criado. Neste infográfico da Você S/A, veja este e outros dados sistema de pagamentos instantâneos que rapidamente desbancou o TED e DOC.

Agenda

8h25 Boletim Focus

9h ​​​​BC divulga dados de crédito de outubro

Petrobras: presidente da estatal, Paes de Andrade, tem reunião virtual com a equipe de transição

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