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Estímulos ao mercado imobiliário chinês dão resultado e animam investidores

Vendas de casas saltam após Pequim anunciar medidas para ajudar o fragilizado setor. Bolsas asiáticas e europeias comemoram.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
Atualizado em 21 out 2024, 10h22 - Publicado em 4 set 2023, 08h26
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

A semana começa com o feriado do Dia do Trabalho fechando o mercado à vista americano, o que reduz a liquidez também por aqui. Na quinta, é a bolsa brasileira quem descansa, prometendo uma semana fraca de volume no geral.

Na ausência dos EUA, a China protagoniza o noticiário do dia. E, por lá, uma mudança de humor: investidores parecem animados com os estímulos concretos anunciados pelo governo para ajudar o mercado imobiliário chinês, que vive à beira de uma crise.

Na semana passada, o Partido Comunista Chinês reduziu os juros para quem compra sua primeira casa, e também abaixou a entrada mínima para quem quer adquirir o primeiro ou segundo imóvel. Para estimular o consumo, também reduziu os impostos pagos pelas famílias com crianças.

A Bloomberg noticiou que as medidas tiveram um impacto forte e imediato: nas duas megacidades chinesas, Pequim e Xangai, as vendas de casas existentes dobraram no fim de semana em relação à semana anterior. O interesse por casas novas também disparou.

As medidas anunciadas pelo governo foram bem recebidas porque estão entre as primeiras mais concretas a de fato ter um efeito visível na recuperação chinesa, após semanas de promessas. Por lá, o mercado imobiliário vive uma crise: construtoras, que por décadas foram regadas com estímulos generosos do governo, estão endividadas e a demanda por casas caiu. Algumas ameaçam quebrar, o que resultaria num efeito dominó catastrófico em toda economia chinesa. Agora, vem um certo alívio de liquidez, com mais famílias aproveitando os estímulos para compras de casa.

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Com a súbita melhora do mercado imobiliário, as bolsas asiáticas comemoraram. Na própria China, o índice CSI 300 teve forte alta de 1,52%. Em Hong Kong, o Hang Seng foi além: +2,51%. Papéis de incorporadoras foram destaque positivo no pregão. Bolsas europeias sobem (veja abaixo) puxadas principalmente por ações ligadas a commodities e ao mercado de luxo, dois setores altamente dependentes do dragão asiático.

Ainda é incerto o quanto o otimismo durará. Alguns analistas acham que os estímulos são insuficientes para salvar o problemático mercado imobiliário chinês, e que o boom nas vendas é passageiro.

Agora, investidores aguardam mais dados da China ao longo da semana. Hoje, saem os PMIs compostos e de serviços; na quinta, balança comercial, e, na sexta, dados de inflação ao consumidor e produtor.

Por aqui, em meio ao otimismo com o PIB maior que o esperado na semana passada, o Boletim Focus deve trazer uma revisão para cima do crescimento brasileiro hoje. Quase todo mundo vê o PIB saltando próximo dos 3% neste ano.

Já a semana em Brasília deve ser agitada: Arthur Lira, presidente da Câmara, obrigou a presença de todos os deputados hoje, com o objetivo de votar pautas importantes antes do feriado. 

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Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Mercado à vista americano fechado por conta do feriado do Dia do Trabalho.  

market facts

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AES Brasil e Microsoft firmam parceria em energia renovável

A AES e a gigante Microsoft  fecharam um acordo para a produção de energia eólica. Com duração de 15 anos, o contrato prevê o investimento de R$ 1 bilhão em um parque em Cajuína, no Rio Grande do Norte

O complexo ainda está em construção, com inauguração prevista para metade do ano que vem.

Esse é o primeiro contrato no Brasil entre as duas. Grandes empresas tech investem em energia para assegurar que parte do seu consumo vem de fontes limpas. Segundo o comunicado das empresas, esse acordo deve evitar que 28,7 mil toneladas de gases poluentes sejam emitidos. 

O programa faz parte de um agressivo projeto de investimentos da AES em energia eólica e solar. Curiosamente, por causa dele, o endividamento da companhia saltou a partir de 2021. Isso fez com que a histórica pagadora de dividendos tivesse que alterar sua política de pagamentos: de 100% do lucro, passou para 50% — depois, interrompeu a distribuição completamente. O resultado foi uma queda de mais de 30% nas ações.


Agenda

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14h00 Campos Neto participa de evento do JPMorgan em São Paulo 

22h45 PMI composto da China

Europa

            • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,70% 
            • Londres (FTSE 100): 0,43%
            • Frankfurt (Dax): 0,45%
            • Paris (CAC): 0,52%

            *às 8h21

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            Fechamento na Ásia

              • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,52% 
              • Hong Kong (Hang Seng): 2,51%
              • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,70%

              Commodities

                      Brent: 0,06%, a US$ 88,60*

                      Minério de ferro: 0,06% a US$ 116,15 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

                      *às 8h10

                      Vale a pena ler:
                      (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

                      Clubes e atletas estão virando brinquedo de bilionário 

                      Aswath Damodaran, professor de finanças na Universidade de Nova York e fanático por esportes, afirma que o futebol e outros esportes populares estão se consolidando como um “ativo troféu”, uma espécie de brincadeira para ricaços menos interessados no negócio e mais interessados no apelo emocional (e, claro, na grana absurda envolvida). 

                      Em entrevista ao Pipeline, o especialista pontua prováveis consequências da tendência para clubes, jogadores e torcedores.

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