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Europa prepara racionamento de gás e acaba com recuperação das bolsas

Corte no consumo tem tudo para derrubar a economia do bloco. Nos Estados Unidos, o foco é o curto prazo: os números da Tesla, que saem no fim do dia

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h14 - Publicado em 20 jul 2022, 08h21
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Quando saíram os resultados na Netflix, na noite de ontem, investidores comemoraram que o serviço de streaming perdeu “só” 1 milhão de assinantes, e não os 2 milhões que vinham sendo estimados. Resultado: as ações subiram 6% no after market e continuavam na mesma toada pela madrugada.

Legal. Mas o otimismo com a Netflix é muito pouco para carregar um mundo de pessimismo nas costas. E os futuros das bolsas americanas, que ensaiavam continuar o rali de ontem, perderam força. O sinal agora é negativo para o dia. As bolsas europeias, que abriram em alta, também mudaram de direção.

Quando bateu meio-dia no velho continente, a União Europeia anunciou uma meta de que os países do bloco cortem em 15% a demanda por gás natural na região, um jeito de tentar proteger os estoques para o inverno. Só que a redução de gás tem um preço: as indústrias precisam consumir menos, e produzir menos. O resultado é desaceleração econômica (ou recessão).

O presidente russo, Vladimir Putin, até disse que os contratos de gás serão honrados. O problema é que, a essa altura, ninguém mais acredita no russo, que vem usando energia como uma arma de guerra.

Nos EUA, o destaque do dia será o balanço da Tesla. A montadora de Elon Musk deverá mostrar em números o estrago dos lockdowns da China. Assim a quarta-feira que parecia tranquila se converteu em um dia de incertezas.

Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,22%

Futuros Dow: -0,24%

Futuros Nasdaq: -0,12%

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às 8h07

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,51%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,31%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,56%

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Bolsa de Paris (CAC): -0,35%

*às 8h08

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,34%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,67%

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Hong Kong (Hang Seng): 1,11%

Commodities

Brent*: -1,19%, a US$ 106,07

Minério de ferro: 0,83%, a US$ 104 por tonelada em Singapura

*às 8h09

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Agenda

Dia de agenda esvaziada

market facts

Gasolina mais barata

A Petrobras vai reduzir o preço da gasolina em R$ 0,20 a partir de hoje. O litro passa a custar R$ 3,86, queda de 4,92% em relação ao preço anterior, de R$ 4,06. Em nota, a empresa reiterou que a redução acompanha a evolução dos preços internacionais do petróleo. O Brent, principal referência do mercado para a commodity, vem se sustentando abaixo dos US$ 110 em julho – no pico do ano, em março, ele chegou aos US$ 128. Bom para Caio Paes de Andrade, que assumiu o comando da estatal no final de junho pressionado a não promover novos aumentos. E para Bolsonaro, que foi às redes sociais comemorar o reajuste – desta vez, ele decidiu deixar de lado as críticas à política de paridade internacional. 

Medo e delírio em Wall Street

Os grandes investidores de Wall Street reduziram exposição a ações para o nível mais baixo desde a crise financeira de 2008. É o que mostra uma pesquisa do Bank of America realizada com 259 gestores de fundos que, juntos, operam US$ 722 bilhões em ativos. 58% dos gestores disseram que estão assumindo riscos abaixo do normal, e 79% acreditam que o lucro das empresas possa começar a cair – número tão alto assim não foi visto nem durante a pandemia ou o colapso do Lehman Brothers. Segundo a pesquisa, a maior preocupação de ⅓  dos investidores é que a inflação permaneça alta. O risco de recessão, por outro lado, foi citado por menos de ¼ dos respondentes.

Vale a pena ler:

Dólar mais forte em 20 anos

À medida que a inflação disparou, as taxas de juros começaram a subir e o medo de uma recessão global piorou, o dólar subiu mais de 10% e alcançou o maior valor em 20 anos. A moeda americana é pra onde os investidores correm quando o pessimismo toma conta do mercado. Caso o mundo acabe, o mais provável é que o dólar continue sendo usado para comprar comida no supermercado. O que muda na economia quando o dólar ganha tanta força? Esta reportagem do New York Times responde. 

Reajuste no IR

Uma simulação feita pelo Sindifisco Nacional mostrou que a falta de correção na tabela do Imposto de Renda faz quem ganha menos pagar quase 2.000% a mais do que deveria em tributos. Hoje, quem recebe R$ 5.000 paga R$ 505,64 em IR. Caso a defasagem da tabela fosse corrigida, o valor cairia para R$ 24,73. Esta reportagem da Folha explica o que mudaria com o reajuste. 

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A Weg divulgou seus números antes de o mercado abrir. No final do dia, Tesla e United Airlines publicam seus resultados.

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