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Fator “Haddad na economia” joga a bolsa para baixo: -0,76%

Membros da comitiva de Lula na Cop-27 teriam dado a entender que ex-prefeito é o favorito para assumir a pasta, de acordo com O Globo. Na semana, o Ibovespa cai 3,01%.

Por Alexandre Versignassi, Camila Barros
Atualizado em 18 nov 2022, 18h44 - Publicado em 18 nov 2022, 18h40
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 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Depois de cair nos últimos dois pregões, o Ibovespa fez como o vovô da pipa (da marchinha de carnaval do Silvio Santos): tentou ao menos uma empinadinha. E quase rolou, olha só. Lá pelas 11h30, o índice avançava vigorosos 1,7%, aos 111 mil pontos. Mas, no fim, não rolou. O Ibovespa não deu nem uma subidinha. Queda de 0,76% no dia. E de 3,01% na semana.  

Foi um oferecimento de Lauro Jardim, no O Globo. O colunista disse no início da tarde que todos os membros da comitiva de Lula na COP 27, no Egito, saem de lá com a sensação de que o ex-prefeito de São Paulo assumirá a pasta. 

Ele escreveu o seguinte: “Sensação não significa nomeação, claro, mas essa foi a impressão geral. Haddad volta ao Brasil como o favorito para o cargo”. Como Jardim não costuma dar bola fora, bastou para causar alvoroço.

Lógico: Haddad não é popular entre quem cobra responsabilidade fiscal e defende medidas econômicas de austeridade para controlar a dívida pública (o mercado todo). Mais gastança significa mais dificuldade para BC trazer a inflação de volta à meta – ou seja, mais tempo de alta na taxa de juros. E aí todos choram. Seja a bolsa, que passa a competir com a renda fixa, seja quem tem títulos prefixados ou IPCA+ na mão. 

Esses dois últimos flutuam de acordo com os juros futuros. O “fator Haddad” fez com que todos eles dessem mais uma subidinha. O DI para janeiro de 2025 foi a 13,71% (ante 13,57% ontem). O DI futuro, na prática, é uma aposta sobre qual será a Selic lá na frente. E elas determinam as taxas que os prefixados e o IPCA+ praticam hoje.

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Com a alta, o IPCA+2026 passou a pagar um juro real de 6,15% ao ano – ontem estava em 5,98%. Quem comprou R$ 1.000 em IPCA+2026 no começo do mês, quando os juros estavam perto de 5%, já está com o saldo 2% mais baixo. Não é pouco para duas semanas de renda fixa.

Mais tarde, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, negou que Haddad já esteja confirmado para o cargo, e disse que essa decisão ainda está em aberto. Como vimos, não bastou.

Cana brava

Entre as maiores altas do dia, destaque para a turma do etanol (e do açúcar). São Martinho subiu 10,26%, Raízen, 4,09%. Não se trata, porém, de uma grande ascensão, mas de uma recuperação. SMTO3 tinha perdido 13% desde o dia 4 de novembro. RAIZ, pior ainda: 17%. Ambas seguem em busca da cotação perdida no período pós-eleição. Fato é que, no governo Lula, a chance de controle no preço da gasolina é razoável. E isso fere o mercado de etanol, prometendo volatilidade para o setor. 

Entre as maiores baixas, temos de novo a ilustre presença de IRBR3 (veja abaixo). Vale notar que, desde quando virou penny stock (negociada abaixo de R$ 1), o papel da resseguradora já tombou 25%. E foram só 3 semanas. Fazendo companhia lá no fundo do poço, para variar, temos Magalu e Via. Com os tombos extras de hoje, VIIA3 cai 57% no ano. MGLU3, 56%. Ou seja: só o pó da rabiola. 

E bom fim de semana!

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MAIORES ALTAS

São Martinho (SMTO3): 10,26%

Raízen (RAIZ4): 4,09%

Qualicorp (QUAL3): ​​3,44%

Hapvida (HAPV3): 3,27%

Vibra (VBBR3): 2,32%

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MAIORES BAIXAS

IRB (IRBR3): -8,64%

Via (VIIA3): -8,30%

Magazine Luiza (MGLU3): -7,08%

Americanas (AMER3): -4,86%

Petz (PETZ3): -4,53%

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Ibovespa: -0,76%, aos 108.870,17 pontos

Em Nova York

S&P 500: 0,48%, aos 3.965 pontos

Nasdaq: 0,01%, aos 11.146 pontos

Dow Jones: 0,60%, aos 33.747 pontos

Dólar: -0,50%, a R$ 5,37

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Petróleo

Brent: -2,41%, a US$ 87,62

WTI: -1,58%, a US$ 80,11

Minério de ferro: 3,29%, a US$ 103,30 na bolsa de Dalian (China)

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