Fed Day: vai uma pausa de juros aí?
Com inflação dentro do esperado, BC americano deve segurar novos aumentos de juros. A novidade mesmo fica por conta da atualização trimestral das projeções econômicas dos seus dirigentes.
Bom dia!
Tudo indica que hoje é o dia da tão esperada pausa no aperto monetário americano. Com a inflação de maio dentro do esperado, 95% das apostas são que a Selic dos EUA vai ficar em 5,25%, segundo a plataforma CME. Bom, pelo menos até o fim de julho, quando o Fed se reúne novamente.
Ontem, saiu o CPI de maio, índice de inflação ao consumidor de lá, similar ao nosso IPCA. Em relação a abril, a alta foi de 0,1%. No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou a 4%, o menor patamar para o número desde março de 2021.
O núcleo (leitura que exclui alimentos e energia) também veio dentro do previsto: alta mensal de 0,4% e anual de 5,3%, mantendo o ritmo de abril e março.
Com os preços dando trégua, o Fed também pode se permitir uma pausa depois de subir os juros dos EUA dez vezes seguidas.
O mistério fica por conta da famigerada entrevista do presidente do BC, Jerome Powell, após a divulgação da decisão, e da atualização trimestral das projeções econômicas dos dirigentes do Fed. É aí que mora o perigo.
Bons negócios!
Futuros S&P 500: 0,18%
Futuros Nasdaq: 0,19%
Futuros Dow: -0,11%
*às 7h57
Americanas admite fraude
Pela primeira vez desde a explosão do escândalo contábil, em janeiro, a Americanas admitiu que houve fraude em seus balanços. Ontem, a companhia divulgou um fato relevante elaborado por assessores jurídicos que acompanham o caso. O documento revelou que a companhia fraudava contratos de “verba de propaganda cooperada”, chamados de VPC.
Esta é uma ferramenta comum no varejo. Funciona assim: os fabricantes oferecem descontos em encomendas feitas em larga escala. Em troca, as varejistas colocam o nome dos fabricantes em suas campanhas – daí o “propaganda”.
Só que, no caso Americanas, estes descontos não existiam de verdade. Segundo o relatório, os contratos falsos somaram um rombo de R$ 21,7 bilhões. Ainda segundo o documento, o ex-CEO Miguel Gutierrez participava ativamente da fraude, bem como outros ex-diretores e ex-executivos.
Depois de colocar o escândalo em pratos limpos, as ações AMER3, que não fazem mais parte do Ibovespa desde janeiro, fecharam em alta de 6,03%, a R$ 1,23.
9h: vendas no varejo brasileiro em abril (IBGE);
09h30: inflação do produtor dos EUA em maio (Deptº do Trabalho);
11h30: estoques de petróleo nos EUA da semana até 09/06 (DoE);
15h: Fed divulga decisão monetária, seguida por coletiva de imprensa;
23h: produção industrial da China em maio (NBS).
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,77%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,53%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,55%
Bolsa de Paris (CAC): 0,83%
*às 7h54
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,02%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,47%
Hong Kong (Hang Seng): -0,58%
Brent*: 1,56%, a US$ 75,45 o barril
*às 8h
Minério de ferro: 1,51%, a US$ 112,39 por tonelada na bolsa de Dalian (China).
Inteligência fluída
O envelhecimento populacional já vem desafiando os governos ao redor do mundo, que precisam adaptar seus sistemas previdenciários para comportar mais idosos se aposentando e menos jovens pagando a conta. Mas, em um futuro não tão distante, o setor privado também deve sentir o impacto da mudança demográfica. Populações mais velhas inovam menos – e, consequentemente, produzem menos.
Tem a ver com o desenvolvimento humano: jovens possuem mais do que os psicólogos chamam de “inteligência fluída”, relacionada à adaptação e criação. Já os mais velhos têm mais “inteligência cristalizada”, formada por um conjunto de experiências construídas ao longo do tempo. Esta reportagem da The Economist apresenta pesquisas que tentam prever o impacto do envelhecimento populacional na produtividade de empresas e países.