Futuros de NY amanhecem em alta antes de dado de inflação americana
A projeção é de CPI a 3,3% em outubro, contra 3,7% em setembro.
Bom dia!
Hoje é dia de descobrir qual foi a magnitude da inflação americana em outubro. A projeção do mercado fala em um CPI (Consumer Price Index, o IPCA dos EUA) de 3,3% na base anual – contra 3,7% em setembro. Caso o cenário se realize, esta será a primeira desaceleração do índice desde junho.
Para o núcleo do CPI, que exclui preços de comida e energia (mais voláteis), a previsão é de manutenção dos 4,1% de setembro. Os valores definitivos serão divulgados às 10h30.
Como sempre, o relatório é peça-chave no quebra-cabeça da política monetária americana. Caso venha em linha com as expectativas, ele pode injetar uma dose de otimismo no mercado – já que indicará que a inflação no país tem atenuado e caminhado em direção à meta.
Isso ajudaria a narrativa de que o período de aperto monetário por lá está perto de um fim. Por ora, 85,7% dos agentes de mercado acreditam na manutenção da taxa de juros em 5,50% na próxima reunião do Fed – a última do ano. Só que ainda tem muita água pra passar debaixo dessa ponte: o próximo encontro da instituição rola só daqui 29 dias.
Até lá, o pessoal de Wall Street deve continuar se atentando aos direcionamentos de membros do Fomc. Hoje, após a divulgação do CPI, três integrantes do Fed darão pronunciamentos: Michael Barr (às 12h), Loretta Mester (13h) e Austan Goolsbee (14h45).
Nas últimas semanas, falas dos dirigentes abateram as bolsas em NY. Powell e seus colegas disseram que é cedo demais para cravar que a inflação está controlada, e que a possibilidade de novas altas nos juros ainda está na mesa.
Os futuros de NY começam o dia otimistas (veja abaixo). O mesmo vale para o EWZ, ETF da bolsa brasileira nos EUA: alta de 0,43% no pré-mercado.
Por aqui, continua no radar o entrave da meta fiscal. Ontem, o deputado federal petista Lindbergh Farias apresentou duas propostas de emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que mudam a meta de déficit fiscal para 0,75% e 1% do PIB.
O movimento não fez muito barulho, já que foi considerado irrealista. Nos últimos dias, o mercado tem se agarrado a falas de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco demonstrando apoio à Haddad (que defende o déficit zero em 2024). Na semana passada, a ata do Copom também ressaltou a importância de se perseguir a meta fiscal. Ainda assim, quaisquer movimentos dos apoiadores de Lula devem continuar ligando o alerta vermelho do mercado – e fazendo preço nos juros futuros.
Em tempo: enquanto a gente se prepara para o feriado de quarta-feira, a China divulga hoje à noite indicadores de produção industrial, vendas no varejo e desemprego. Amanhã também tem vendas no varejo nos EUA. Na quinta, então, o Ibovespa deve reagir tardiamente a todos eles.
Bons negócios.
Futuros do S&P 500: 0,18%
Futuros do Nasdaq: 0,26%
Futuros do Dow Jones: 0,13%
*às 8h10
ExxonMobil entra no mercado de lítio
A petroleira disse nesta segunda-feira (13) que começou a minerar lítio nos EUA – no estado do Arkansas. O metal é a base das baterias dos carros elétricos.
A ideia da Exxon é que, até 2030, ela produza lítio suficiente para suprir as necessidades de mais de um milhão de veículos elétricos por ano.
Uma amostra de que mesmo as petroleiras não têm como apostar todas as suas fichas no petróleo para as próximas décadas. E uma evolução bem-vinda. Na prática, é dinheiro do petróleo financiando parte da transição energética. Na veia.
10h30, EUA: divulgação do CPI de outubro
23h00, China: dado de produção industrial de outubro
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,20%
- Londres (FTSE 100): -0,36%
- Frankfurt (Dax): 0,33%
- Paris (CAC): 0,08%
*às 8h15
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,20%
- Hong Kong (Hang Seng): 1,30%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,05%
- Brent*: 0,21%, a US$ 82,69
- Minério de ferro: 0,26%, a US$ 132,48 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 8h17
Um raio-X do topo da pirâmide
O 1% mais rico do Brasil, formado por 1,5 milhão de pessoas, controla quase 25% da renda total do país. Esse grupo é formado a partir das pessoas que ganham acima de R$ 28 mil.
O detalhe é que, dentro do 1%, a desigualdade também mostra suas garras: o 0,1% mais rico tira, em média, R$ 300 mil por mês.
Esta reportagem da VCSA mostra as disparidades do topo da pirâmide, que acaba escondida em grandes grupos como “classe A”.
Antes da abertura: Azul
Após o fechamento: Marisa e Nubank