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Ibovespa espera novo arcabouço fiscal na gangorra, mas fecha em alta de 0,60%

Haddad está reunido com Lula para apresentar a proposta final. Em NY, bolsas fecham em alta com expectativa de estabilidade nos juros.

Por Júlia Moura
Atualizado em 21 out 2024, 10h36 - Publicado em 29 mar 2023, 17h42
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 (Juliana Krauss/Fotos: Getty Images/Você S/A)
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A expectativa pela nova regra fiscal é tanta que o Ibovespa não consegue parar quieto. Nesta quarta, o índice foi de alta de 1,02% a queda de 0,92%, na máxima e mínima, enquanto as bolsas no exterior seguiam plenas, dando por superada a turbulência em torno do SVB. 

Por aqui, os touros venceram o cabo de guerra com os ursos ao fim do dia: alta de 0,60%.

Novos detalhes da proposta capitaneada por Haddad devem ser divulgados ainda hoje. O ministro da Fazenda está com o presidente Lula, Gleisi Hoffmann, Jacques Wagner (Líder do governo no Senado) e Rogério Ceron (secretário do Tesouro Nacional) para bater o martelo sobre o arcabouço fiscal. Em seguida, ele deve se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e líderes partidários para apresentar a ideia. Amanhã, 9h, é a vez de Rodrigo Pacheco e dos líderes do Senado. Nas próximas semanas, o projeto será votado no Congresso.

Segundo informações antecipadas pelo Valor Econômico por uma fonte anônima, o arcabouço fiscal terá como piso para o aumento das despesas o crescimento do PIB per capita. Ou seja: se o Produto Interno Bruto por habitante subir 2%, o governo está liberado de saída a aumentar os gastos em 2%. De qualquer forma, isso não diz respeito a uma âncora fiscal, mas a um motor fiscal. E o que todo mundo quer saber é sobre a âncora. O jeito é esperar mais um pouco.

O DI futuro, mais eficiente do que o Ibov como termômetro das expectativas, não esteve em seus dias mais otimistas hoje: apresentou uma ligeira alta em toda a curva temporal. E o IPCA+2035, que tinha amanhecido em alvissareiros 6,09%, foi a 6,14%.  

Acabou?

Lá fora, o pânico em torno da crise bancária deu lugar a uma estranha calmaria. Poucos dias depois das falências do SVB e do Signature Bank, do socorro ao First Republic e da venda compulsória do Credit Suisse para o UBS, cresce a percepção de que estes são casos isolados e que a quebradeira pode ter ficado para trás. Ao que tudo indica, os rumores mais recentes envolvendo a solidez do Deutsche Bank seriam apenas especulação.

Segundo autoridades americanas e figuras do mercado financeiro, os erros internos do SVB, que foram determinantes para a ruína do banco, poderiam ter sido evitados. 

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“Toda vez que você tem uma falência bancária como esta, a administração do banco claramente falhou, os supervisores falharam e nosso sistema regulatório falhou”, disse Michael Barr, vice-presidente de supervisão do Fed, ao Congresso no segundo dia de audiências sobre a falência do banco americano.

Outro calmante para Wall Street é a volta de Sergio Ermotti para a chefia do UBS. Ele vai comandar a fusão com o Credit Suisse depois de ter salvo o banco no aftermath da crise de 2008.

O efeito da crise bancária na oferta de crédito e, ao mesmo tempo, o rápido estancamento da crise fazem com que investidores apostem em uma manutenção no juro americano na reunião de maio. Segundo monitoramento do CME Group, 61,4% esperam que a taxa permaneça em 5% ao ano, o que contribuiu para a alta de 1,43% do S&P 500.

No Ibovespa, destaque para o trio sucroalcoleiro. São Martinho, Cosan e Raízen seguiram suas trajetórias de alta da semana, recuperando em parte o tombo do longo prazo (veja abaixo). Nos últimos 12 meses, de qualquer forma, a perda segue dura: -39% para SMTO3, -36% para CSAN3 e -61% para RAIZ3.

Até amanhã!

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MAIORES ALTAS

Hapvida (HAPV3): 4,94%

São Martinho (SMTO3): 4,07%

Raízen (RAIZ4): 3,77%

Cosan (CSAN3): 3,29%

Vibra (VBBR3): 2,29%

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MAIORES BAIXAS

Qualicorp (QUAL3): -5,97%

Lojas Renner (LREN3): -4,87%

Via (VIIA3): -4,12%

Cogna (COGN3): -2,76%

EzTec (EZTC3): -2,32%

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Ibovespa: 0,60%, aos 101.792 pontos

 

Em Nova York

S&P 500: 1,43%, aos 4.028 pontos

Nasdaq: 1,79%, aos 11.926 pontos

Dow Jones: 1%, aos 32.718 pontos

 

Dólar: -0,57%, a R$ 5,1353

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Petróleo

Brent: -0,70%, a US$ 77,59

WTI: -0,31%, a US$ 72,97

 

Minério de ferro: 1,54%, negociado a US$ 129,26 por tonelada no porto de Qingdao (China)

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