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Ibovespa renova recorde e atinge os 134k no penúltimo pregão do ano

Com minério de ferro no maior patamar em 18 meses, VALE3 ajuda a puxar o índice em dia esvaziado na bolsa.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 27 dez 2023, 18h55 - Publicado em 27 dez 2023, 18h54
 (Kauan Machado/Fotos: Getty Images/Unsplash/VOCÊ S/A)
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Já pode soltar os fogos? No penúltimo pregão do ano, o Ibovespa fez algo que já virou rotina nesta reta final do ano: renovou seu recorde nominal de fechamento pelo quarto dia seguido. O índice fechou em alta de 0,49%, pela primeira vez acima dos 134 mil pontos. 

O pregão, no entanto, teve liquidez bastante reduzida – algo já esperado, devido ao recesso de fim de ano. Como muitos investidores emendaram o Natal e o Ano Novo, o volume financeiro na B3 hoje foi de apenas R$ 14 bilhões, contra R$ 26 bi da média diária de dezembro. Pois é. Não ajuda também que a agenda, tanto doméstica como internacional, é bastante esvaziada nos últimos dias do ano

Entre os destaques do dia, a Vale (VALE3) ajudou a puxar o índice para cima com sua alta de 0,78%. O papel segue a alta do minério de ferro, que vem num rali nas últimas semanas e se aproxima dos US$ 140 por tonelada na bolsa chinesa de Dalian. É o maior patamar para a commodity desde junho de 2022.

O minério vem em trajetória de alta forte por conta dos estímulos de Pequim à economia chinesa, que teve um 2023 no mínimo decepcionante. Agora, espera-se que as medidas do Partido Comunista consigam dar gás aos negócios no país, em especial ao fragilizado setor imobiliário – que, por sua vez, é altamente dependente do aço, e por isso o minério sobe na expectativa de que sua demanda também disparará.

Entre as maiores altas do dia, quatro varejistas dominaram. O destaque aqui fica para a Casas Bahia (BHIA3), que subiu 6%. Hoje, a B3 divulgou a terceira e última prévia da carteira do Ibovespa que entrará em vigor no começo de 2024 – e com isso confirmou que o papel da empresa vai seguir no índice. Antes, uma das prévias mostrava a exclusão da ação da carteira. Isso porque, com queda de 80% no ano, BHIA3 tinha virado uma penny stock, ou seja, uma ação que vale menos de R$ 1. E o Ibovespa não aceita esse tipo de papel em sua composição.

Acontece que a empresa correu para fazer um grupamento de ações, que entrou em vigor no dia 15 de dezembro. Assim, conseguiu deixar de ser penny stock e garantiu sua vaga no Ibovespa para o ano que vem. O índice contará, então, com 87 ações de 84 empresas.

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Petróleo

No lado das baixas, empresas ligadas ao petróleo se destacaram – incluindo a Petrobras (PETR4), com queda tímida de 0,15%.

É que a commodity devolveu grande parte dos seus ganhos de ontem, caindo 1,62% e voltando a ficar abaixo dos US$ 80. Hoje, houve relatos de uma certa normalização no Mar Velho, com algumas transportadoras voltando a circular na região após operações militares de países ocidentais, lideradas pelos EUA, para garantir a segurança na região. 

A crise, no entanto, segue sendo acompanhada de perto pelos investidores – e há o temor que o conflito no Oriente Médio, ainda centrado na guerra Israel x Hamas, tenha desdobramentos maiores.

Amanhã

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E assim, na máxima histórica, o Ibovespa caminha para seu último pregão do ano. E, contrariando os últimos dias, o noticiário até que vai estar agitado.

Investidores aguardam duas grandes autoridades falarem: Roberto Campos Neto e Haddad. O presidente do Banco Central deu uma entrevista gravada à GloboNews, que vai ao ar hoje à noite. Os spoilers da entrevista revelam um tom otimista com a economia brasileira – e ousado. RCN citou que o objetivo é entregar a inflação dentro da meta e os juros “o mais baixo possível”. 

Já o ministro da Fazenda falará amanhã, em coletiva de imprensa. É um evento especialmente aguardado porque Haddad deverá anunciar um pacote de medidas novas para compensar o impacto da prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, aprovada pelo Congresso – na contramão do que o governo federal queria. A ver do que se trata.

Até amanhã, pela última vez no ano.

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MAIORES ALTAS 

Magazine Luiza (MGLU3): 6,64%

Casas Bahia (BHIA3): 6,03%

Alpargatas (ALPA4): 3,79%

Natura (NTCO3): 3,75%

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MRV (MRVE3): 2,62%

MAIORES BAIXAS

Raízen (RAIZ4): -1,93%

Petz (PETZ3): -1,92%

Dexco (DXCO3): -1,23%

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Petrorecôncavo (RECV3): -1,04%

RaiaDrogasil (RADL3): -0,88%

Ibovespa: 0,49%, aos 134.193 pontos

Em Nova York

S&P 500: 0,14%, aos 4.781 pontos

Nasdaq:  0,16%, aos 15.099 pontos

Dow Jones: 0,30%, aos 37.657 pontos

Dólar: 0,22%, a R$ 4,8326

Petróleo

Brent: -1,62%, a US$ 79,54 

WTI: -1,93%, a US$ 74,11

Minério de ferro: 0,51%, cotado a US$ 137,94 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

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