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Inflação americana vem abaixo do esperado: 8,5%. Bolsa abre em alta

A alta em 12 meses desacelerou em relação a julho (9,1%) e bateu a expectativa do mercado (8,7%). O chamado "núcleo" se consolidou nos mesmos 5,9% do mês anterior, ante previsão de 6,1%. E o mercado gostou. 

Por Bruno Vaiano e Alexandre Versignassi
Atualizado em 18 out 2024, 14h12 - Publicado em 10 ago 2022, 08h20
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 (Kativ/Getty Images)
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A inflação também pegou menos pesado com os EUA em julho: 8,5% em 12 meses – uma desaceleração em relação a junho (9,1%), e um número melhor que a expectativa do mercado (8,7%).

Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor de julho – CPI, na sigla em inglês –, o equivalente americano do IPCA.

Para entender o CPI, uma explicação rápida: o dado americano vem separado em dois: o índice cheio (que considera todos os preços) e o chamado “núcleo” (que exclui alimentos e energia, considerados voláteis).

Como o preço dos combustíveis caiu, esperava-se mesmo uma ligeira desaceleração no número cheio – ou seja, que os preços ainda subissem, mas menos que no mês passado. Mas o núcleo tirava o sono dos investidores: a expectativa era uma aceleração para 6,1%. No final das contas, ele ficou idêntico ao mês anterior (5,9%). Outra boa notícia. 

Isso significa que os aumentos nos juros do Fed têm surtido algum efeito. A taxa básica da economia americana foi de 0,25%, em março, para os atuais 2,5%. Os dois últimos aumentos foram de 0,75 pp – um ritmo de alta que não se via desde 1994. 

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Com a inflação dando sinais de controle, mais investidores agora apostam que os juros vão subir só 0,5 pp em setembro, um pouco menos que a previsão original: outra paulada de 0,75 pp. 

Para as bolsas, os juros altos são ruins porque influenciam os investidores a tirarem dinheiro de apostas mais arriscadas (como ações) para colocá-lo em títulos públicos e outros produtos mais conservadores. 

E juros altos lá também significam mais pressão na Selic daqui. Eles valorizam o dólar. Dólar alto causa inflação por aqui. E com inflação por aqui, fica mais difícil a Selic cair. O oposto também é verdade, claro. Juros menores por lá deixam o Banco Central um pouco mais tranquilo para ensaiar uma baixa nos juros daqui lá na frente. 

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Por conta disso, o Ibovespa abriu em alta de mais de 1% nesta manhã, acompanhando o (ótimo) humor do S&P 500, que registrava alta de quase 2%.  


Nota: este texto foi atualizado a partir da newsletter de Abertura de Mercado, publicada antes do CPI ser divulgado. 

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