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Inflação dos EUA cede menos que o esperado e derruba bolsas

Os preços dos combustíveis caíram, como esperado. O problema foi o resto. Entenda aqui.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 13 set 2022, 10h13 - Publicado em 13 set 2022, 08h12
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 (Kativ/Getty Images)
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Foram quatro pregões de otimismo. Até que a inflação de agosto dos EUA foi divulgada. Por lá, o CPI (o IPCA deles) acumula alta de 8,3% em 12 meses, uma baixa em relação aos 8,5% de  julho. O problema é que investidores contavam com uma baixa mais pronunciada – para 8,1% ou 8%, dependendo de quem coletou as estimativas.

E o CPI trouxe cenas de terror para quem está interessado em olhar os números nos detalhes. O lance é que os preços de combustíveis e alimentos até se comportaram mais ou menos como era esperado pelo mercado – e justificava o otimismo até aqui. Os preços de energia recuaram 5% (queda maior que os 4,6% de julho), enquanto os alimentos continuaram subindo, mas com um fôlego menor (0,8% em agosto x 1,1% em julho).

O que complicou a vida mesmo foi o mundo fora energia e comida. A inflação, excluídos esses dois grupos mais voláteis, acelerou para 0,6% no mês e fechou 12 meses em 6,3% – acima dos 5,9% do mês passado. Ou seja, acelerou.

Quando o Fed (o BC americano) falou em acelerar a alta de juros por lá, um dos motivos era que a inflação estava se disseminando pela economia. Não se tratava mais de um problema localizado, como a alta dos combustíveis causada pela guerra na Ucrânia por exemplo. O CPI de agosto mostrou que Jerome Powell e seus colegas de Fed – dessa vez – estavam certos. Quando produtos manufaturados sobem consistentemente, isso ocorre porque a inflação está entranhada na economia e ela começa a se reproduzir sozinha.

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Surpresa negativa fez os contratos futuros das bolsas americanas mergulharem com gosto no negativo. Logo após a divulgação dos resultados, o S&P 500 caía quase 2%. O Nasdaq rompeu a marca e afundava perto de 2,5%.

No Brasil, por sinal, o fenômeno é parecido. Em agosto, o IBGE mostrou uma deflação de 0,36%, puxada pela queda no preços dos combustíveis, em telecomunicações (pela isenção de ICMS) e uma leve desacelaração no segmento de alimentos. Os demais grupos, por outro lado, registraram aceleração. 

Tudo indica que a temporada de alta de juros tem um longo caminho pela frente.

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