Continua após publicidade

Investidores prendem a respiração à espera da inflação americana

A grande questão é: a escalada dos preços por lá chegou em seu pico? E mais: conseguirá o Fed combatê-la sem colocar a economia em recessão?

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 18 out 2024, 14h16 - Publicado em 10 jun 2022, 08h11
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Senhoras e senhores, lá vem ela.

A inflação americana volta a ditar as regras do jogo nesta sexta-feira, com o Consumer Price Index (CPI) – o equivalente ao nosso IPCA – sendo divulgado hoje às 9h30.

A questão central será analisar se a escalada de preços por lá finalmente chegou no seu pico, como os mais otimistas esperam. Segundo projeções do The Wall Street Journal, espera-se que, em maio, o índice tenha fechado em 8,3%, o mesmo de abril. Já analistas ouvidos pela Bloomberg apostaram num número um cadinho menor: 8,2%.

Quanto ao núcleo do CPI, que não inclui o preço de componentes altamente voláteis como energia e alimentos, espera-se um ganho de 0,5 em maio, contra 0,4 em abril.

Em março, a inflação por lá foi de 8,5%, a maior em mais de quatro décadas. Agora, investidores esperam que a nova divulgação vá mostrar que o aumento de juros no país já começa a cumprir seu papel de enfrentar o aumento dos preços. Afinal, o seu efeito colateral – risco de recessão – já vem sendo sentido pelo mercado, e com força total.

O número também servirá para Wall Street recalcular suas apostas de como o Fed se comportará com sua escalada dos juros no país. O consenso é que, para as próximas duas reuniões, a taxa deverá subir em 0,5 pontos percentuais em cada uma – mas, depois disso, é um mistério que divide opiniões. Outro mistério é se a economia americana vai aguentar o tranco ou se vai entrar em recessão. Nas últimas semanas, o pessimismo quanto a essa questão dominou o mercado e fez as bolsas sangrarem.

Continua após a publicidade

Da China, hoje, sinais mistos: a inflação por lá veio menor que o esperado – alta de 2,1% em maio, pouco abaixo da previsão (2,2%), o que fez o índice CSI 300 fechar com forte alta. 

Mas o avanço da Covid-19 volta a preocupar, ainda que em segundo plano. O governo chinês colocou 2,6 milhões de habitantes de Xangai em lockdown temporário após a detecção de 4 novos casos da doença em um distrito da cidade. A ideia é que as restrições durem apenas alguns dias até que todo mundo seja testado, mas nunca se sabe quando o lockdown total pode voltar.

Resultado: os índices futuros americanos operam mistos nesta manhã, a espera de um dado concreto para guiar o humor.

Bons negócios.

Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade
humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,16%

Futuros Nasdaq: 0,07%

Futuros Dow: -0,27%

*às 7h57

Continua após a publicidade

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -1,86%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -1,17%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -1,47%

Bolsa de Paris (CAC): -1,66%

Continua após a publicidade

*às 7h58

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,52%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,49%

Hong Kong (Hang Seng): -0,29%

Continua após a publicidade

Commodities

Brent*: 0,85%, a US$ 124,11

Minério de ferro: -1,41%, cotado a US$ 139,60 por tonelada em Cingapura

*às 08h04

Agenda

9h30 Departamento do Comércio dos EUA divulga CPI de maio e Núcleo do CPI de maio

market facts

Tiro pela culatra?

A redução de impostos sobre combustíveis e energia anunciada pelo governo nesta semana pode ter o impacto oposto do esperado – aumentar a inflação no longo prazo. O alerta vem de pesquisadores da FGV-IBRE, em evento organizado em parceria com o Estadão. Segundo eles, pode até haver um alívio temporário nos preços, mas a inflação voltará mais forte e persistente depois, exigindo um ciclo de aumento de juros mais duradouro. 

Vale a pena ler:

Home office eterno: chefes vs empregados

Retorno ao escritório? Se depender dos trabalhadores, não, obrigado. Apesar de vários gestores americanos desejarem a volta do regime presencial, mais de 60% dos funcionários querem continuar a trabalhar de casa indefinitivamente. E até grandes companhias, como Apple e Google, estão tendo dificuldades em encontrar uma solução para esse impasse. Leia aqui, na reportagem do The New York Times.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.