IPCA-15 tem deflação de 0,73% em agosto
Queda nos combustíveis e no ICMS reduziu os preços na primeira quinzena do mês.
Bom dia!
Nesta quarta-feira de manhã, o IBGE divulgou a inflação da primeira quinzena de agosto. O IPCA-15 teve deflação de 0,73%, após inflação de 0,13% em julho.
Esta é a maior deflação da série histórica da pesquisa, que teve início em novembro de 1991, superando a queda de 0,37% de agosto de 1998.
Apesar de expressiva, a queda nos preços foi menor do que a projetada por economistas consultados pela Refinitiv, que esperavam uma deflação de 0,81%.
Agora, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 tem uma alta de 9,60%, de 11,39% anteriormente.
A redução do índice é fruto das reduções no preço da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobras, bem como do corte do ICMS sobre os combustíveis e a energia elétrica. Alimentos devem ser o destaque da divulgação, como um termômetro mais fiel da alta dos preços.
Apesar do alívio na inflação, o Ibovespa dificilmente deve repetir os feitos do pregão de terça, quando o salto das commodities mundo afora fez o índice se descolar de Nova York e subir 2,13%.
Hoje, os preços do minério de ferro e do petróleo seguem em alta, mas mais moderada do que os ganhos de 1,81% e de 3,88%, respectivamente, na véspera.
Por volta das 7h50, o minério sobe 0,51%, a US$ 103,85 a tonelada, e o petróleo Brent sobe 0,75%, a US$ 100,97 o barril.
Já Wall Street não se atreve a dar grandes passos antes do Jackson Hole e inicia o dia perto da estabilidade, com viés de queda.
Investidores aguardam o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, no simpósio anual que a autoridade promove em Jackson Hole, em Wyoming, nos EUA. A expectativa é que Powell comente os dados do PCE (índice de despesas com consumo pessoal, na sigla em inglês) de julho e dê dicas de qual caminho os juros americanos deve seguir.
Tais dados do PCE vão ter acabado de ser divulgados, na própria sexta. O indicador é a medida favorita de inflação do Fed, o banco central americano.
Futuros S&P 500: -0,11%
Futuros Nasdaq: -0,18%
Futuros Dow: -0,12%
*às 8h05
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,01%
Bolsa de Londres (FTSE 100):-0,46%
Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,02%
Bolsa de Paris (CAC): 0,04%
*às 08h10
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,89%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,49%
Hong Kong (Hang Seng): -1,20%
Brent: alta de 0,75%, a US$ 100,97 o barril.
Minério de ferro: alta de 0,51%, a US$ 103,85 por tonelada na bolsa de Cingapura
*às 07h52
Facebook toma multa
O Facebook foi condenado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, a pagar uma multa de R$ 6,6 milhões por vazar dados de usuários brasileiros. Em 2016, a Cambridge Analytica – assessoria política que dirigiu a campanha eleitoral de Trump naquele ano – coletou e utilizou dados de usuários da rede social para criar uma estratégia de campanha digital para o candidato. O escândalo foi revelado em 2018 e desencadeou a maior crise de reputação que o Facebook já enfrentou. O Ministério da Justiça estima que foram vazados dados de 87 milhões de pessoas em todo o mundo – entre elas, 443 mil brasileiros.
Dedo duro do Twitter
Ontem, as ações do Twitter caíram 7,3% depois que o ex-chefe de segurança da companhia, Peiter Zatko, alegou que a empresa não tem interesse em contabilizar o número de bots e contas de spam ativos – por isso, seria impossível cravar o número exato de usuários da rede social. Além disso, disse que a empresa mente sobre a segurança dos dados dos usuários. Quem sai ganhando é Elon Musk, se mune de novos argumentos na batalha judicial que travou com a companhia.
Funcionários bumerangues
Nos Estados Unidos, milhares de funcionários decidiram deixar seus empregos durante a pandemia – fenômeno que se estendeu até poucos meses atrás. O momento foi tão inédito que ganhou um apelido pomposo: a Grande Renúncia. Mas, agora, chegou a leva dos arrependidos. Vem disparando o número de pessoas voltando aos seus antigos trabalhos. Eles também ganharam um nome: funcionários bumerangues. A BBC Brasil explica o fenômeno aqui.
Preço dos alimentos
Quando a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, o preço dos alimentos decolou. Os dois países são potências agrícolas, grandes exportadores de grãos e óleos – por isso, o maior medo era que a guerra afetasse as exportações a nível de causar escassez persistente e, quem sabe, fome em massa. Mas isso não aconteceu. O custo de grãos, cereais e óleos voltou ao patamar de antes da guerra. Aqui, a The Economist explica porquê.
11h: vendas pendentes de imóveis nos EUA em julho
11h30: estoques de petróleo nos EUA na semana até 19/08