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Mercado aguarda fala de Powell no Congresso americano

Tensão entre China e EUA aumenta com fala de ministro chinês sobre confronto.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 21 out 2024, 10h39 - Publicado em 7 mar 2023, 08h36
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

O mercado aguarda ansiosamente a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso americano. As explicações do economista para a política monetária dos EUA se iniciam hoje, às 12h, no Senado, e continuam amanhã na Câmara. 

Este é o último compromisso público antes da próxima reunião do Fed, em 22 de março. A expectativa é que o banco eleve a taxa básica de juros do país de 4,75% para 5%.

Apesar da inflação por lá estar desacelerando aos poucos, ela segue elevada (6,4%) e bem longe da meta (2%), dada a força da economia americana. O país segue com baixo índice de desemprego (3,4%) e bons indicadores de atividade econômica, o que força o Fed a continuar subindo juros.

O que investidores esperam conseguir decifrar no discurso de Powell é qual será o ritmo das novas elevações e onde elas devem parar.

China

O ministro de relações exteriores da China, Qin Gang, foi duro ao falar sobre os EUA nesta terça. Segundo ele, o governo Biden está praticando um “novo macartismo”.

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“Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento e certamente haverá conflito e confronto. Quem arcará com as consequências? Tal competição é uma aposta imprudente”, disse Qin. 

Esta foi a primeira entrevista coletiva do ministro empossado no final de 2022, depois de servir como embaixador da China nos EUA.

Ele criticou a derrubada do balão chinês que sobrevoava os EUA. Segundo Pequim, o veículo estava apenas coletando dados climáticos. Para Washington, era espionagem. Além disso, o governo chinês critica a aproximação dos americanos com Taiwan, que consideram fazer parte do seu território. Já os EUA são contrários à relação da China com a Rússia, que foi inclusive elogiada por Qin. 

As declarações polêmicas acompanham a divulgação de dados de exportação da China. A balança do país teve queda anual menor do que se esperava (-9%) no primeiro bimestre de 2023, de 6,8%. Já as importações caíram 10,2%, bem mais que o previsto (-5,1%).

O gigante asiático ainda cresce, mas bem menos do que gostaria. No final de semana, a China anunciou que sua meta de crescimento em 2023 será de 5%, o menor avanço esperado em mais de 30 anos. No ano passado, o alvo era de 5,5%, mas a adoção e política de Covid zero levou a um crescimento ainda pior (para os padrões chineses), de 3%.

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Um agravamento da guerra comercial com os EUA poderia desacelerar ainda mais ambas as economias, ou seja, a economia global. 

Resta torcer para que os ânimos esfriem mais que a atividade econômica.

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

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Futuros do S&P 500: 0,21%

Futuros do Dow Jones: 0,07%

Futuros do Nasdaq: 0,35%

*às 8h25

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Vitória do Bradesco contra a Americanas

O Bradesco conseguiu na Justiça uma decisão que, na prática, dificulta que os conselheiros fiscais da Americanas vendam os seus bens. Funciona assim: os cinco membros do conselho se tornaram alvo de protesto judicial. Agora, todo potencial comprador de seus bens ficará avisado de que o objeto pode ser confiscado no futuro como forma de indenização dos credores. A ação serve como uma garantia de que a dívida de quase R$ 48 bilhões da Americanas será paga. Ao Bradesco, a varejista deve R$ 5,1 bilhões.

Na semana passada, o banco perdeu uma ação semelhante que mirava o bloqueio de bens dos membros do Conselho de Administração da empresa. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

EUA, 12h: presidente do Fed, Jerome Powell, apresenta relatório de política monetária ao Comitê Bancário do Senado; 

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EUA, 12h: estoques no atacado em janeiro;

EUA, 17h: crédito ao consumidor em janeiro;

EUA, 18h30: estoques de petróleo do API.

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,03%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,22%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,23%

Bolsa de Paris (CAC): 0,20%

*às 8h12

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,46%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,25%

Hong Kong (Hang Seng): -0,33%

Commodities
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Brent*: -0,43%, a US$ 85,81

Minério de ferro: 1,34%, a US$ 131,21 por tonelada na bolsa de Dalian.

*às 8h28

Vale a pena ler:
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O tênis da Dow Inc

Em 2019, a petroquímica americana Dow Inc lançou um programa de reciclagem em conjunto com o governo de Singapura. Eles prometiam coletar tênis usados nos EUA e transformá-los em matéria-prima para a construção de playgrounds e pistas de corrida no país asiático. Para checar se a iniciativa cumpria o que se propunha, repórteres da agência Reuters esconderam rastreadores em 11 pares de sapato mandados para doação entre julho e setembro de 2022. Resultado: nenhum dos tênis foi de fato reciclado. A maioria deles foi parar em brechós da Indonésia. A Reuters descreve toda a investigação aqui

Temporada de layoffs

No setor de tecnologia, startups e big techs têm feito demissões em massa para segurar os gastos frente a um cenário de crescimento menor. Isso depois de passar por um boom de contratações durante a pandemia, quando as empresas do ramo foram favorecidas pelo isolamento social. No setor financeiro, as demissões vêm em época de queda no fluxo de negócios, já que a alta no juros desfavoreceu os negócios. Já nas montadoras, funcionários têm sido demitidos para dar espaço a profissionais que colaborem na transição para os veículos elétricos. Esta reportagem do Financial Times, traduzida pelo Valor, conta como estão sendo feitas essas grandes demissões – e quais foram os acertos e erros até aqui. 

Temporada de balanços
Após o fechamento: RaiaDrogasil e Grupo Soma (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

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