MGLU3, VIIA3, B3SA3 e mais 50 empresas divulgam balanço hoje
Agenda de resultados corporativos é movimentada nesta quinta-feira. Enquanto isso, investidores continuam de olho na inflação americana.
Bom dia!
O bom humor do mercado com a inflação menor que a esperada nos EUA foi grande o suficiente para durar a noite toda: os índices futuros americanos amanhecem nesta quinta-feira apontando para o azul, seguindo um pregão de ganhos robustos na quarta.
Depois da inflação ao consumidor, divulgada ontem, o mercado agora aguarda um outro dado, a inflação ao produtor (PPI), para confirmar ou não a ideia de que a inflação nos EUA está finalmente sendo controlada nos EUA.
A aposta agora é que o Fed deve suavizar sua luta contra o aumento dos preços, optando por uma alta de 0,5 p.p nos juros, em vez de uma de 0,75 p.p. Nisso, as bolsas sorriem e veem uma oportunidade e tanto para se recuperar das perdas nos últimos meses que levaram o S&P 500 em território de bear market em junho. O Ibovespa também vai na onda, voltando ao patamar dos 110 mil pontos ontem pela primeira vez em dois meses, justamente pelo otimismo yankee.
Mas nem só de inflação americana vive o mercado: por aqui, a quinta-feira é marcada por uma agenda pesada de divulgação de resultados trimestrais. Mais de 50 empresas devem liberar seus balanços, a maioria depois do fechamento do pregão, segundo o calendário de divulgações.
Entre as principais, estão o trio de varejistas Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), papéis altamente afetados pelo cenário de inflação e juros e que agora enfrentam um novo cenário, com o aparente início da redução da inflação e fim do ciclo de aumento de juros pelo banco central.
Também estão previstos os balanços de empresas de peso no Ibov, como a própria B3 (B3SA3), JBS (JBSS3), Hapvida (HAPV3), Localiza (RENT3), CPFL (CPFE3) e Natura (NTCO3). Divulgam seus resultados, ainda: Locaweb (LWSA3), Marfrig (MRFG3), Oi (OIBR3), Azul (AZUL4), BRMalls (BRML3) e Petz (PETZ3), entre outras.
Bons negócios.
Futuros S&P 500: 0,27%
Futuros Nasdaq: 0,15%
Futuros Dow: 0,39%
*às 8h11
Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,11%
Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,27%
Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,04%
Bolsa de Paris (CAC): -0,27%
*às 08h12
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 2,04%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): feriado, sem pregão
Hong Kong (Hang Seng): 2,40%
Brent: 0,78%, a US$ 98,16*
Minério de ferro: 2,24%, cotado a US$ 111,90 por tonelada em Cingapura
*às 7h59
Inverno das startups
A Loggi, startup de entrega de encomendas, demitiu cerca de 15% de seu quadro de funcionários no início desta semana. Em comunicado, a empresa disse que a ação foi tomada para garantir a sustentabilidade do negócio. Nos últimos meses, outros unicórnios (entre eles QuintoAndar, Loft e Facily) também realizaram demissões em massa. E o SoftBank teme que o período de vacas magras no setor seja duradouro. Masayoshi Son, fundador e CEO da instituição, disse que o “inverno das startups” pode se alongar porque os fundadores de unicórnios se negam a aceitar valores mais baixos do que o esperado em suas listagens e negociações.
Cresce endividamento das famílias
Endividamento e inadimplência alcançaram novos recordes em julho: 78% das famílias brasileiras estão endividadas (acréscimo de 0,7% em relação a junho), e 29% estão com contas atrasadas (alta de 0,5%). Estes são os maiores números desde o início da série histórica, em 2010. Dos inadimplentes,10,7% disseram que não terão condições de quitar as contas atrasadas. As informações são da pesquisa mensal realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Crimes ambientais punidos no exterior
Uma empresa responsável por crimes ambientais ou sociais cometidos em qualquer lugar do mundo pode ser julgada nos Estados Unidos ou em países da Europa. Basta que a companhia tenha sede, operações ou que os controladores morem em um destes países. BHP (sócia da Samarco), Braskem e Norsk Hydro estão enfrentando processos bilionários na Inglaterra e na Holanda por desastres ambientais cometidos no Brasil. Quem financia as ações coletivas no exterior são fundos de investimentos, que ficam com parte da indenização caso o processo seja ganho. O Estadão explica esse mercado e conta o que está em jogo para as empresas processadas.
A queda das imobiliárias na China
O mercado de dívidas imobiliárias da China está respirando por aparelhos. E os investidores estrangeiros estão engolindo a maior parte das perdas. Há anos, a saúde financeira de empresas do setor imobiliário chinês acendiam um alerta, mas o mercado preferia acreditar que a China as tiraria da lama. A esperança foi perdida quando a Evergrande Group entrou em default (deixou de pagar suas dívidas) em dezembro do ano passado. Desde então, este mercado começou a implodir. A Bloomberg explica aqui.
9h30 – Nos EUA, é divulgado o índice de preços ao produtor (PPI) de julho