Minério de ferro faz o Ibovespa fechar a semana em alta
Bolsa sobe 1,39% nesta sexta e fecha a semana em alta de 1,46%. Lá em Wall Street, trevas: S&P 500 encara sua sétima semana seguida no negativo.
O setor de mineração garantiu mais um dia de alta para o Ibovespa: de 1,39%. Ontem, foi o mercado aproveitando a baixa do segmento para comprar barato. Hoje, os agradecimentos podem ir direto para a China, cujo banco central reduziu sua taxa de juros – de 4,60% para 4,45%.
A decisão surpreendeu o mercado, afinal vai na contramão dos bancos centrais dos outros países, que estão aumentando juros para conter a inflação. O objetivo do governo chinês é, claro, reaquecer a economia, que perdeu força com os lockdowns.
A medida ajuda a reduzir os financiamentos imobiliários. E falou em imóvel, falou em minério de ferro. A construção civil é uma importante consumidora de aço, o que fez com que o preço da commodity disparasse 5% na bolsa de Cingapura. A alta não passou despercebida pelas mineradoras e siderúrgicas brasileiras, claro. A CSN se destacou (de novo), com valorização de 4,87%. Na soma dos dois últimos dois pregões, os papéis da companhia já subiram 12%.
Ladeira a baixo
Wall Street, por outro lado, encerrou uma semana turbulenta com mais uma varejista decepcionando. Depois da Target e do Walmart, chegou a vez da Ross Stores. Após o pregão de quinta, a empresa divulgou receita de US$ 4,3 bilhões, contra os US$ 4,5 bi projetados pelo mercado; além de uma queda de 7% nas vendas. Os papéis da companhia desabaram 22%.
O pessimismo dos investidores pegou depois que os resultados mais fracos do que o esperado confirmaram que as empresas estão tendo dificuldade de repassar os custos cada vez mais altos para os consumidores. E a redução das margens mina o valor dos negócios. Mais um dos males que a inflação traz.
Por hoje, o S&P 500 conseguiu se manter estável (0,01%). Mas a semana foi feia: o índice desvalorizou 3%. Esta é a sétima perda semanal consecutiva – não se via uma sequência de perdas tão longa desde 2001 (exato, há mais de 20 anos).
No ano, o principal índice americano acumula perda de 18%. A Nasdaq, que reflete o (péssimo) desempenho das empresas de tecnologia, pior ainda: 27%.
No Ibovespa, menos mal. 2022 está no azul, ainda que de leve: alta de 4%.
Fica a dica, Elon.
Bom final de semana.
Maiores altas
IRB (IRBR3): 6,56%
Ecorodovias (ECOR3): 5,48%
Hypermarcas (HYPE3): 4,98%
CSN (CSNA3): 4,97%
Gerdau (GGBR4): 3,36%
Maiores baixas
Petz (PETZ3): -5,17%
Méliuz (CASH3): -5,34%
Banco Pan (BPAN4): -3,64%
Embraer (EMBR3): -1,86%
Magalu (MGLU3): -1,61%
Ibovespa: 1,39%, a 108.487 pontos
Em NY:
S&P 500: 0,01%, a 3.901pontos
Nasdaq: -0,30%, a 11.354 pontos
Dow Jones: 0,02%, a 31.260 pontos
Dólar: -0,87%, a R$ 4,8740
Petróleo
Brent: 0,46%, a US$ 112,55
WTI: 0,35%, a US$ 110,28
Minério de ferro: 5,96%, US$ 134,05 no porto de Cingapura