Minério e petróleo em alta indicam uma boa quinta para o Ibovespa
Mineradoras sobem em bloco na Europa e barril chega ao maior preço em 10 meses. Também é dia de PPI nos EUA e de juros do ECB.
O minério opera em alta de 0,8% na bolsa de Dalian. Também serve de bom agouro para Vale e cia o fato de que as mineradoras sobem em bloco nas bolsas europeias: 4,28% para a BHP; 4,79% para a Rio Tinto; 5,74% para a Anglo American.
A outra commodity que manda na nossa bolsa segue bem, obrigado. Aos US$ 93, o barril de petróleo chega ao maior nível em 10 meses, por conta dos temores de baixa na oferta. Na Europa, Shell sobe 1,36%; BP, 2,40%.
Em suma, como Petrobras e Vale respondem por 25% do Ibovespa, o dia tende a ser positivo para o índice. A ver.
E hoje é dia do segundo BC mais importante do mundo definir sua nova taxa de juros, se é que ela mudará. A “Selic” do Banco Central Europeu (ECB) está em 4,25%. Trata-se do maior nível desde o ano 2000, quando o euro ainda era um bebê ainda a completar dois anos de idade. E, junto dessa taxa de 22 anos atrás, é a maior de todos os tempos.
Não há consenso sobre se virá ou não um novo aumento (o anúncio da decisão chega às 9h15). Fato é que os juros do ECB crescem paulatinamente desde julho de 2022, quando saíram dos 0,00%.
A inflação dos 20 países que usam o euro fechou agosto em 5,3% – estável ante julho, que também tinha cravado 5,3%. Trata-se de uma bela queda se compararmos com o pico recente, de 10,6% em julho. Uma amostra de que a endurecida nos juros está dando resultado. Mas eles ainda estão longe da meta do ECB – de 2%, igual a do Fed.
O outro ponto de atenção na agenda de hoje é o PPI, o índice de preços ao produtor, dos EUA. Ele indica a tendência de longo prazo para o índice mais importante, o dos preços ao consumidor.
O PPI chegou ao seu pico num passado já distante: março de 2022, quando marcou 11,7% em 12 meses. Dali em diante respondeu bem à alta dos juros do Fed, com a taxa anual chegando a meros 0,2%. Em julho, porém, ligou-se a sirene, quando o índice saltou de volta para 0,8%.
De qualquer forma, os mercados estão otimistas. As bolsas europeias operam em alta à espera do anúncio do BCE – com destaque para Londres, em alta de 1,10%.
Nos EUA, o clima também é de apetite redobrado pelo risco. Os futuros do S&P 500 e da Nasdaq sobem sólidos 0,4% à espera do PPI.
E bons negócios!
Futuros do S&P 500: 0,45%
Futuros do Nasdaq: 0,41%
Futuros do Dow Jones: 0,31%
*às 8h10
Drex em fase de testes
Nesta quarta-feira (13), o Banco Central anunciou que, em 50 dias, cerca de 500 transações com o Drex foram completadas com sucesso.
Os testes simularam a emissão de títulos públicos compráveis com real digital, emissão e destruição de moeda, além de transferências entre clientes e bancos. Na prática, a cada semana um tipo novo de operação vem sendo realizado pelas instituições participantes (até agora, são 11).
A ideia do Drex é ser uma nova maneira de ter dinheiro e fazer transações. As pessoas terão acesso ao real digital via contas digitais, apps e plataformas de pagamento, facilitando o acesso a serviços financeiros novos, como contratos inteligentes e dinheiro programável. Por exemplo: ao vender um carro pelo sistema do Drex, o pagamento cairia na sua conta bancária logo que os documentos do carro fossem transferidos ao novo proprietário de forma automática. As transações se tornariam mais fáceis, seguras e baratas.
Por ora, o real digital ainda tem um longo caminho a percorrer — com sua implementação prevista para meados de 2024.
9h: IBGE divulga o volume dos serviços em julho
9h15: Juros do ECB
9h30: PPI dos EUA
EUROPA
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,34%
- Londres (FTSE 100): 1,10%
- Frankfurt (Dax): 0,13%
- Paris (CAC): 0,26%
*às 8h02
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,08%
- Hong Kong (Hang Seng): 0,21%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,41%
- Brent: 1,26%, a US$ 93,04 por barril
- Minério de ferro: 0,82%, a US$ 118,66 por tonelada em Dalian
*às 8h25
123milhas: o preço de vender promessas, não passagens
Você sabe: em agosto, a 123milhas cancelou a emissão de passagens promocionais com embarque previsto para setembro a dezembro de 2023. Segundo a agência de viagens, a decisão foi tomada “devido à persistência de circunstâncias de mercado adversas”. Incontáveis foram os prejudicados.
O colapso da empresa escancara seu modelo de negócios insustentável (o mesmo operado pela Hurb, com atividades suspensas no começo do ano). Ambas prometiam passagens por preços descolados da realidade, alegando que o uso de tecnologia permitiria a oferta de descontos. Esta reportagem da Você S.A explica como a empresa vendia uma promessa de emissão futura, não a passagem em si — e como tudo acabou caindo por terra.