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O dia do tão esperado Payroll finalmente chegou

Dados do mercado de trabalho americano são peça-chave para o caminho dos juros nos EUA.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 18 out 2024, 14h08 - Publicado em 7 out 2022, 08h38
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

Finalmente chegou o dia mais importante desta semana para o mercado financeiro, o dia do Payroll americano (folha de pagamento, numa tradução literal). Ele é um relatório do governo sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos e, desta vez, trará dados de setembro, às 9h30.

A expectativa é que a taxa de desemprego se mantenha em 3,7%, com uma desaceleração na criação de vagas de 315 mil em agosto para 270 mil em setembro. A previsão para os salários é um aumento de 5% na comparação anual. Lembrando que, de julho para agosto, o desemprego subiu inesperadamente de 3,5% para 3,7%.

O dado é especialmente relevante para os investidores do mundo todo porque ele baliza as decisões de política monetária do Fed (banco central americano). Um desemprego crescente levaria a autoridade a reconsiderar o ciclo de aumento de juros, freando a desaceleração da economia.

Por outro lado, se o desemprego continuar baixo, contribuindo para a alta de preços, o Fed deve seguir com o seu plano de aumentar os juros para conter a inflação, hoje em 8,3%, levando as taxas americanas para perto de 5% no próximo ano. Tanto a inflação, como os juros previstos, estão em patamares extremamente elevados para a terra do Tio Sam.

E, após a divulgação do Payroll, três membros do Fed participarão de eventos públicos, nos quais podem sinalizar sua interpretação dos dados e dar dicas sobre o que vem por aí na próxima reunião de política monetária, que vai rolar nos primeiros dias de novembro.

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O mercado financeiro vai estar atento a todos os dados do relatório e a todas as falas do pessoal do Fed. Qualquer coisa fora do esperado, pode azedar o humor dos investidores e jogar as bolsas para baixo.

Bom, pelo menos já é sexta! Bom fim de semana!

humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros S&P 500: -0,06%

Futuros Nasdaq: -0,37%

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Futuros Dow: 0,12%

*às 8h10

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,20%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,21%

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Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,08%

Bolsa de Paris (CAC): 0,06%

*às 8h10

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): bolsas chinesas estão fechadas devido a feriado

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Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,71%

Hong Kong (Hang Seng): -1,51%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: 0,44%, a US$ 94,84 o barril

Minério de ferro: 0,16%, a US$ 94,15 a tonelada, na bolsa de Singapura

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*às 7h05

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

A concentração bancária no Brasil vem caindo sem parar desde 2016, em meio a esforços do Banco Central para estimular a competição no setor. É o que mostra o Relatório de Economia Bancária (REB), divulgado nesta quinta-feira pelo BC, com dados de 2021. Este ano, a autoridade monetária mudou a metodologia da pesquisa: agora, o cálculo só considera os 4 maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú). Antes, ele era feito com os 5 maiores, contando o Santander. 

De acordo com o BC, os quatro bancões concentravam 59,3% do mercado de crédito em 2021 – queda de 0,1 ponto percentual em relação a 2020. Além disso, eles dominam 60,1% dos depósitos, 2,6 pontos percentuais a menos do que no ano anterior.

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Perdas de receita do TikTok

A ByteDance, a controladora do TikTok, é uma empresa de capital fechado. Por isso, ela não precisa divulgar publicamente seus resultados. E nunca o fez. Mas, recentemente, vazou um documento interno enviado aos funcionários em agosto, que mostra o desempenho da companhia desde 2020. Por causa dele, agora sabemos que a chinesa quase triplicou suas perdas operacionais no ano passado, para mais de US$ 7 bilhões – numa estratégia de torrar dinheiro para continuar seu crescimento estratosférico. O WSJ conta a história aqui.

Crédito de carbono no Brasil

Hoje, o Brasil emite 12% dos créditos de carbono no mercado global, com 45,28 milhões de toneladas em créditos fornecidos até agora. De acordo com um estudo da consultoria WayCarbon, ainda é pouco. O grupo estima que, até 2030, o Brasil pode ofertar entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de toneladas de crédito. O Valor mostra as estimativas do estudo aqui. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brasil, 9h: vendas no varejo brasileiro em agosto (IBGE)

EUA, 9h30: payroll de setembro

China, 22h45: PMI composto de setembro (S&P Global/Caixin)

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