O dia do tão esperado Payroll finalmente chegou
Dados do mercado de trabalho americano são peça-chave para o caminho dos juros nos EUA.
Bom dia!
Finalmente chegou o dia mais importante desta semana para o mercado financeiro, o dia do Payroll americano (folha de pagamento, numa tradução literal). Ele é um relatório do governo sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos e, desta vez, trará dados de setembro, às 9h30.
A expectativa é que a taxa de desemprego se mantenha em 3,7%, com uma desaceleração na criação de vagas de 315 mil em agosto para 270 mil em setembro. A previsão para os salários é um aumento de 5% na comparação anual. Lembrando que, de julho para agosto, o desemprego subiu inesperadamente de 3,5% para 3,7%.
O dado é especialmente relevante para os investidores do mundo todo porque ele baliza as decisões de política monetária do Fed (banco central americano). Um desemprego crescente levaria a autoridade a reconsiderar o ciclo de aumento de juros, freando a desaceleração da economia.
Por outro lado, se o desemprego continuar baixo, contribuindo para a alta de preços, o Fed deve seguir com o seu plano de aumentar os juros para conter a inflação, hoje em 8,3%, levando as taxas americanas para perto de 5% no próximo ano. Tanto a inflação, como os juros previstos, estão em patamares extremamente elevados para a terra do Tio Sam.
E, após a divulgação do Payroll, três membros do Fed participarão de eventos públicos, nos quais podem sinalizar sua interpretação dos dados e dar dicas sobre o que vem por aí na próxima reunião de política monetária, que vai rolar nos primeiros dias de novembro.
O mercado financeiro vai estar atento a todos os dados do relatório e a todas as falas do pessoal do Fed. Qualquer coisa fora do esperado, pode azedar o humor dos investidores e jogar as bolsas para baixo.
Bom, pelo menos já é sexta! Bom fim de semana!
Futuros S&P 500: -0,06%
Futuros Nasdaq: -0,37%
Futuros Dow: 0,12%
*às 8h10
Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,20%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,21%
Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,08%
Bolsa de Paris (CAC): 0,06%
*às 8h10
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): bolsas chinesas estão fechadas devido a feriado
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,71%
Hong Kong (Hang Seng): -1,51%
Brent: 0,44%, a US$ 94,84 o barril
Minério de ferro: 0,16%, a US$ 94,15 a tonelada, na bolsa de Singapura
*às 7h05
A concentração bancária no Brasil vem caindo sem parar desde 2016, em meio a esforços do Banco Central para estimular a competição no setor. É o que mostra o Relatório de Economia Bancária (REB), divulgado nesta quinta-feira pelo BC, com dados de 2021. Este ano, a autoridade monetária mudou a metodologia da pesquisa: agora, o cálculo só considera os 4 maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú). Antes, ele era feito com os 5 maiores, contando o Santander.
De acordo com o BC, os quatro bancões concentravam 59,3% do mercado de crédito em 2021 – queda de 0,1 ponto percentual em relação a 2020. Além disso, eles dominam 60,1% dos depósitos, 2,6 pontos percentuais a menos do que no ano anterior.
Perdas de receita do TikTok
A ByteDance, a controladora do TikTok, é uma empresa de capital fechado. Por isso, ela não precisa divulgar publicamente seus resultados. E nunca o fez. Mas, recentemente, vazou um documento interno enviado aos funcionários em agosto, que mostra o desempenho da companhia desde 2020. Por causa dele, agora sabemos que a chinesa quase triplicou suas perdas operacionais no ano passado, para mais de US$ 7 bilhões – numa estratégia de torrar dinheiro para continuar seu crescimento estratosférico. O WSJ conta a história aqui.
Crédito de carbono no Brasil
Hoje, o Brasil emite 12% dos créditos de carbono no mercado global, com 45,28 milhões de toneladas em créditos fornecidos até agora. De acordo com um estudo da consultoria WayCarbon, ainda é pouco. O grupo estima que, até 2030, o Brasil pode ofertar entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de toneladas de crédito. O Valor mostra as estimativas do estudo aqui.
Brasil, 9h: vendas no varejo brasileiro em agosto (IBGE)
EUA, 9h30: payroll de setembro
China, 22h45: PMI composto de setembro (S&P Global/Caixin)