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Payroll atrapalha feriado de Páscoa dos investidores

EUA divulgam dados sobre o mercado de trabalho no feriado, e reação nos mercados fica para a próxima semana.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
Atualizado em 21 out 2024, 10h35 - Publicado em 6 abr 2023, 07h58
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A quinta-feira começa com sentimentos dúbios no mercado financeiro. Os europeus, que se preparam para o feriado prolongado de Páscoa, estão em ritmo de celebração, com as bolsas em alta. Nos EUA, o sinal dos índices futuros é negativo.

Na Europa, cujo impacto sobre a Faria Lima é virtualmente nulo, as ações sobem impulsionadas pelos bons dados da produção industrial alemã. A maior economia da Europa, o índice subiu 2% em fevereiro na comparação com janeiro, isso enquanto economistas previam estabilidade. O dado de janeiro também foi ajustado para cima, um sinal de que os efeitos da alta de juros no continente, para conter a inflação, estão sendo menos danosos que o estimado.

Além disso, o alívio nos preços da energia tende a ser favorável para a indústria. 

Já nos Estados Unidos, o foco da semana é o emprego. Amanhã, enquanto as bolsas estarão fechadas para o feriado, o governo americano publica o payroll, o dado oficial de desemprego no país. 

A expectativa é de que ele mostre um desempenho mais fraco, confirmando os dados prévios divulgados ao longo da última semana. 

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Os EUA tinham menos 10 milhões de vagas em fevereiro, segundo o relatório Jolts divulgado na terça, o menor patamar desde maio de 2020. Já a pesquisa da ADP mostrou a criação de 145 mil postos de trabalho no setor privado, em março, abaixo dos 210 mil estimados. Hoje saem os dados de pedido de auxílio-desemprego, o que dará mais um sinal ao mercado para o dado oficial. 

O consenso do mercado, segundo a Bloomberg, é que os EUA tenham criado 235 mil vagas, e a taxa de desemprego tenha permanecido em 3,5%.

Números negativos no fundo eram amplamente esperados e vistos como mal necessário para estabilizar a inflação no país, isso depois do ciclo de 12 meses de alta de juros do Fed. Ainda assim, investidores agora estão atribuindo mais peso a outro efeito da alta de juros: uma possibilidade de recessão.

Pior: na sexta, com o mercado fechado, não haverá como reagir. Daí porque a cautela nos mercados já nesta quinta.

O Brasil vai numa toada semelhante. Para além do reflexo dos EUA, por aqui a Faria Lima se prepara para uma entrevista de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e declarações do presidente Lula, que recebe jornalistas no Planalto. Bons negócios e bom feriado.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros do S&P 500: -0,04%

Futuros do Dow Jones: 0,01%

Futuros do Nasdaq: -0,30%

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*às 7h52

market facts

Exxon desiste do Brasil

A petroleira americana Exxon Mobil desistiu de explorar as águas do território brasileiro em busca de petróleo, de acordo com fontes consultadas pelo Wall Street Journal. O projeto de perfuração começou em 2017 e custou US$ 4 bilhões. A empresa via no Brasil uma de suas maiores oportunidades de crescimento. Só que as três tentativas de achar petróleo por aqui falharam. De mãos vazias, os geólogos e engenheiros que trabalharam na campanha de perfuração foram transferidos para outros países, como Angola, Guiana e Canadá. Além disso, a empresa não participou do último leilão offshore (que vendem terras para exploração) do Brasil em dezembro.

Agenda

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9h: IBGE publica Pesquisa Industrial Mensal Regional de janeiro

9h30: EUA publicam pedidos de auxílio-desemprego da semana 

10h: Fernando Haddad concede entrevista ao vivo à BandNews TV

10h: Lula tem café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,19%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,69%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,29%

Bolsa de Paris (CAC): 0,18%

*às 7h51

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,16%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,22%

Hong Kong (Hang Seng): 0,28%

Commodities

Brent*: -0.32%, a US$ 84,72 o barril

Minério de ferro: -1%, a US$ 115,31 por tonelada na bolsa de Dalian, na China

*às 7h52

Vale a pena ler:

Quem sai?

A idade dos funcionários costumava ser o primeiro critério de uma roleta de demissões em massa: os mais velhos ficavam, os mais jovens saiam. Mas hoje a análise tende a ser mais complicada que isso. Nas grandes empresas americanas, RHs e gestores costumam se reunir semanas antes dos cortes serem anunciados. Ali, eles discutem quais cargos são imprescindíveis. O primeiro fator de peso na decisão costuma ser o desempenho recente do funcionário – e aqueles com salários mais altos acabam chamando mais atenção, já que custam mais à empresa. O WSJ conta como as empresas decidem quem sai nas rodadas de demissão em massa.

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