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Petróleo divide holofotes com decisão de juros nesta Super Quarta

Mercado teme que desaceleração da economia afete a demanda pela commodity. No final da tarde, Fed e BC divulgam taxas de juros pela última vez no ano.

Por Camila Barros
Atualizado em 21 out 2024, 10h14 - Publicado em 13 dez 2023, 08h19
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

Hoje, às 16h, o Fed anunciará sua última decisão de juros do ano. Um pouco mais tarde, por volta das 18h30, é hora do BC brasileiro bater o martelo. 

Em ambos os casos, o resultado não é bem um mistério. Nos EUA, é consenso que o Fed deve manter sua taxa de juros estacionada em 5,50% aa. Segundo dados do CME, 98% dos agentes do mercado acreditam nesta possibilidade. 

Ontem, o CPI dentro das expectativas ajudou a alimentar essa certeza. A inflação em 12 meses ficou em 3,1% em novembro – contra 3,2% em outubro. O núcleo (que exclui preços de alimentos e energia, mais voláteis) ficou estável a 4%. Sinal de que os juros elevados têm feito seu papel de controlar os preços. 

A dúvida, agora, é quando a instituição começará seu ciclo de afrouxamento. Parte do mercado (40%, segundo o CME) acredita que os juros começarão a baixar em março de 2024, aos 5,25% aa. Uma parcela maior (49%) os enxerga neste patamar em maio.

A fala de Jerome Powell pós-reunião ajudará a calibrar essas expectativas. Qualquer indício de posicionamento hawkish, no entanto, pode drenar o otimismo das bolsas de NY. Antes da abertura, elas acordaram em leve alta (veja abaixo). 

Por aqui, o Copom também não deve trazer novas surpresas. Desde o primeiro corte de 0,50pp, em setembro, Campos Neto e sua turma indicaram cortes de igual magnitude pelo resto do ano. A Selic deve terminar 2023, então, no patamar de 11,75%. 

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Divulgado ontem, o IPCA em linha com as expectativas também ajudou a consolidar esse cenário por aqui. A inflação brasileira veio em alta de 0,28% em novembro e 4,68% em 12 meses – uma queda em relação aos 4,82% anuais de outubro.  

Commodities 

Hoje sai o relatório mensal da Opep, que descreve o cenário de oferta e de demanda no mercado de petróleo. Sai também o documento do Departamento de Energia (DoE) americano que elenca o número de barris em estoque nos EUA durante a semana. 

Os dados vêm num momento em que o mercado global teme que a oferta da commodity se torne maior do que a demanda, o que desvaloriza seu preço. O receio causou a queda de 3,67% no brent ontem. Caso os números divulgados hoje confirmem essa tese, dá para esperar novas baixas. 

Já o minério de ferro operou em forte queda durante a madrugada. Depois de subir 1,52% ontem, caiu 1,35% hoje. Má notícia para a Vale e suas colegas de setor – e para o Ibovespa como um todo, já que a mineradora tem peso de não-triviais 14% no índice. 

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,12%

Futuros Nasdaq: 0,16%

Futuros Dow Jones: 0,12%

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*às 8h08

Agenda

09h: Haddad e Lula vão a reunião do G20 no Itamaraty

12h30: DoE divulga estoques de petróleo da semana até 08/12

16h: decisão de juros do Fed, seguida de coletiva do presidente Jerome Powell

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Após 18h30: anúncio da decisão da Selic

Europa

                  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,24%
                  • Londres (FTSE 100): 0,30%
                  • Frankfurt (Dax): 0,09%
                  • Paris (CAC): 0,29%

                  *às 8h07

                  Fechamento na Ásia

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                    • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,67%
                    • Hong Kong (Hang Seng):  -0,89%
                    • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,25%

                    Commodities

                                                    • Brent*: 0,08%, a US$ 73,30
                                                    • Minério de ferro: -1,35%, cotada a US$ 133,27 na bolsa de Dalian, na China

                                                    *às 8h05

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