Produção da Petrobras cai no 2º tri, mas minério pode salvar o dia
Companhia reportou extração 5,1% menor e ações caíram no after market de NY.
Depois da Vale reportar queda na extração e venda de minério, a Petrobras mostrou ontem que também deixou a festa das commodities para trás. Mas, no caso da petroleira, a saída foi mais à francesa.
A produção média de óleo, LGN (Líquidos de Gás Natural) e gás natural da estatal ficou 5,1% abaixo do primeiro trimestre deste ano no segundo período.
A queda se deu, em maior parte, porque agora a Petrobras divide os campos de pré-sal Atapu e Sépia com outras petroleiras, sem ficar com o suco de dinossauro dali todinho para si. Outro fator que pesou na extração foram paradas de manutenção, que são rotineiras, e intervenções nas plataformas de exploração.
A boa notícia é que a companhia já previa tudo isso e manteve a sua projeção de produção em 2022 inalterada. A má, porém, ainda pode estar por vir. O resultado financeiro dessa queda de produção será divulgado apenas na próxima quinta, no balanço completo da companhia.
Apesar de até que previstos, o mercado não gostou muito desses números de quinta (com o perdão do trocadilho) e as ações da Petro negociadas em Nova York caíram cerca de 1,5% nas negociações do after market.
A movimentação deve se repetir no pregão desta sexta aqui no Brasil. E uma PETR4 em queda pode arrastar o mercado para baixo. Com sorte, a Vale (VALE3) conseguirá compensar as perdas. É que o minério teve um dia de alta robusta no mercado asiático.
Resta saber se as techs irão salvar o pregão pelo quarto dia seguido nos EUA e pelo sexto seguido no Brasil. O resultado do Twitter nesta manhã nunca foi tão aguardado.
Bons negócios.
Futuros S&P 500: -0,27% Futuros Nasdaq: -0,57% Futuros Dow: -0,02% *às 7h30 Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,15% Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,23% Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,20% Bolsa de Paris (CAC): 0,15% *às 7h25 Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,05% Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,40% Hong Kong (Hang Seng): 0,17% Brent: -0,23%, a US$ 103,62 Minério de ferro: 5,10%, a US$ 102,95 por tonelada, na bolsa de Cingapura. *às 7h05 10h45 EUA/S&P Global: PM de serviços preliminar de julho, PMI industrial e PMI composto 14h EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA na semana até 08/07 Ser banco é bom, quem diria? A maior parte das fintechs brasileiras atua, hoje, como instituições de pagamento. E isso vinha sendo considerado bom, já que elas têm menos regras a cumprir. Só que, com esse status, as fintechs não podem usar o dinheiro depositado pelos clientes para conceder crédito – isso é coisa que banco faz. Aí elas ficam em desvantagem. É que o dinheiro do cliente é o mais barato que existe. E agora que o juro está alto, o custo de captação de recursos fica mais alto. Aí que, para baratear essa despesa, as fintechs agora estão em busca de licenças bancárias. O PicPay passou a controlar o então Banco Original do Agronegócio, que virou PicPay Bank. E a Creditas comprou a licença bancária do Andbank, banco nascido em Andorra. Dívida dos emergentes A dívida dos países mais pobres – normalmente em dólar – está no nível mais alto em décadas. E a situação deve continuar se deteriorando à medida que os bancos centrais do mundo desenvolvido aumentam as taxas de juros. Isso valoriza o dólar e complica a situação do resto do mundo. Para países de renda média, como o Brasil, o risco de caos financeiro é menor. Por aqui, o grosso da nossa dívida é em reais, e nós temos bilhões em verdinhas no caixa para evitar um estrago maior no câmbio. Ainda assim, o futuro dependerá da política – até agora, a gente não se saiu nada bem. A The Economist mostra o que está por vir para as economias emergentes. Projeções dissonantes O Banco Central e os economistas do mercado financeiro têm discordado sobre o futuro da inflação daqui a dois anos. A diferença entre as projeções é a maior desde março de 2021, quando o BC começou o ciclo de alta dos juros. Enquanto a autoridade monetária acha que ainda dá pra colocar o IPCA dentro da meta de 2023, bancos e consultorias pensam que essa já é uma batalha perdida. Esta reportagem do Estadão explica de onde vem a dissonância. Nos EUA: Twitter e American Express