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S&P 500 segue em alta depois de subir quase 6% na semana passada

Bom humor é capitaneado por expectativas de fim do aperto monetário nos EUA. No Brasil, semana terá ata do Copom, IPCA de outubro e balanços de Petrobras e bancos.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
Atualizado em 21 out 2024, 10h18 - Publicado em 6 nov 2023, 08h20
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

Novembro ainda não viu tempo ruim em Wall Street. Em alta em todas as sessões da semana passada, o S&P 500 terminou com ganhos semanais de 5,7%; o Nasdaq, 6,6%. No comecinho desta segunda-feira, os futuros de NY indicam sequência na alta. 

O bom humor é patrocinado pela crença de que o ciclo de aperto monetário no país esteja próximo do fim. Na sexta, o Payroll trouxe dados mais fracos do que o esperado para o mercado de trabalho: foram 150 mil novas vagas criadas em outubro (menos da metade de setembro) e a maior taxa de desemprego desde janeiro de 2022, a 3,9%. 

Um sinal de que a cruzada do Fed para desacelerar a economia – mal necessário para domar a inflação – começa a surtir efeito. 

Na quarta passada, a fala de Powell após a reunião do Fomc também ajudou no sentimento de fim do aperto. O presidente do Fed não descartou novas altas nos juros, mas indicou que o tom hawkish do gráfico de pontos de setembro já pode estar desatualizado. 

A agenda desta semana está recheada de novas falas de dirigentes, que podem negar ou confirmar a postura mais branda. O próprio Powell tem dois pronunciamentos marcados: um na quarta, outro na quinta. 

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No Brasil, o Ibovespa acompanhou, em menor escala, a euforia dos americanos – e terminou a semana a +4,29%. Por aqui, o desdobrar da política monetária divide as atenções com a novela fiscal em Brasília. 

Ao que tudo indica, Haddad não desistiu do sonho de zerar o déficit fiscal em 2024. Só que Lula também não larga o osso, e parece insistir que o esforço não é necessário. 

Na sexta, em reunião com Haddad e Rui Costa (ministro da Casa Civil), o presidente declarou: “para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”. E disse que a ideia é não deixar sobrar grana prevista para ser investida. 

Segundo informações do Estadão, Haddad busca ganhar tempo, atrasando a decisão final de Lula sobre a meta fiscal para março de 2024. Mas a percepção das fontes ali é de que o presidente deve acabar batendo o martelo ainda este ano. 

O cenário de incerteza fiscal – e a postura de descompromisso com as contas públicas de Lula – podem acabar esbarrando nos juros. Para esta semana, a Faria Lima busca entender como o Copom avalia esse risco. A ata da última reunião será divulgada na terça-feira. 

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Na sexta, sai mais uma peça para o quebra-cabeça da política monetária, com a divulgação do IPCA de outubro. 

Os dados macro também dividem holofotes com a temporada de balanços, que esta semana está abastecida de empresas peso-pesado: tem Itaú, Bradesco e Vale. 

Boa semana. 

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

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Futuros do S&P 500: 0,14%

Futuros do Nasdaq: 0,23%

Futuros do Dow Jones: 0,04% 

*às 8h02

market facts

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St. Marche pode comprar hortifruti da Americanas

Depois da Americanas anunciar sua recuperação judicial em janeiro — com dívidas que somavam mais de R$ 40 bilhões — a Natural da Terra, hortifruti da empresa, entrou no radar do mercado como uma das possíveis vendas da varejista. 

Quase um ano depois, a rede premium de supermercados St. Marche está em negociação com a Americanas para comprar a rede por R$ 700 milhões. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico nesta quinta-feira (2). 

Enquanto o St. Marche tem 31 unidades, localizadas em São Paulo, o Natural da Terra tem 75, majoritariamente no Rio de Janeiro. Segundo o jornal, o objetivo da compra seria complementar a operação da rede de supermercados. 

Na sexta-feira (3), AMER3 fechou em alta de 2,41%, a R$ 0,85. 

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Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    12h00, EUA: Lisa Cook, do Fed, discursa

    Europa

        • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,23%
        • Londres (FTSE 100): -0,09%
        • Frankfurt (Dax): -0,23%
        • Paris (CAC): -0,34%

        *às 8h05

        Fechamento na Ásia

        • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,35%
        • Hong Kong (Hang Seng): 1,71%
        • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,37%
        Commodities
        (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
                        • Brent*: 1,59%, a US$ 86,24
                        • Minério de ferro: -0,05%, a US$ 127,26 na bolsa de Dalian 

                        *às 8h07

                        Vale a pena ler:

                        Brasil e a briga de patentes

                        O Brasil já esteve na vanguarda do movimento global para fornecer tratamentos para HIV, vírus causador da AIDS: fabricamos e importamos medicamentos genéricos de baixo custo, distribuídos gratuitamente por meio do SUS.  Tanto que, de 1996 a 2002, as taxas de mortalidade pela doença por aqui caíram pela metade, e as hospitalizações caíram cerca de 70%.

                        Os tempos mudaram. Para conseguir o remédio hoje, é preciso pagar valores muito maiores (por produtos que não tem a mesma qualidade). Tudo isso por causa de uma rinha por patentes entre as farmacêuticas e as marcas que fabricam produtos genéricos — conforme mostra esta reportagem da Bloomberg. 

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                        Antes da abertura: Embraer, Gol, Inter e BB Seguridade.  

                        Após o fechamento: Itaú, Gerdau, Tim, Vibra, Engie, 3Tentos e AES Brasil

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