Supremo decide futuro do pagamento dos precatórios
Última semana de novembro tem agenda abarrotada de indicadores. Humor da Faria Lima deve ser decidido por Brasília.
Bom dia!
O mês de novembro termina com a agenda abarrotada aqui e lá fora. O indicador mais importante na pauta é o PCE, o índice de inflação mais acompanhado pelo Fed, e que precisa confirmar a desaceleração de preços vista no CPI. O dado será divulgado na quinta-feira. Antes disso há ainda a publicação do Livro Bege, que mostra como os dirigentes do Fed avaliam o atual estado da economia americana.
Há ainda a publicação da inflação da zona do euro, indicadores de consumo e de produção industrial, isso sem falar na reunião da Opep+, que anda ameaçando cortar a oferta de petróleo para reerguer o preço. O Brent cai nessa manhã e é negociado abaixo dos US$ 80 por barril, sinal ruim para a Petrobras – e para o Ibovespa, claro.
No Brasil, a agenda está igualmente agitada, e vai muito além dos indicadores – hoje sai a arrecadação e amanhã o IPCA-15.
Mas o que importa mesmo é Brasília. Nesta segunda, o Congresso deve organizar os próximos passos da votação da reforma tributária, enquanto Haddad tenta aprovar entre os parlamentares novas medidas para ampliar a arrecadação.
Isso enquanto o Supremo decide o futuro dos precatórios no país. Precatórios são dívidas da União tem foram reconhecidas judicialmente e não cabe mais recurso: tem que pagar. A bolada vinha sendo pedalada pelo governo Bolsonaro, no melhor estilo devo, não nego, pago quando puder.
O governo atual pediu ao STF autorização para realizar os pagamentos com créditos extraordinários (ou seja, mais dívida), de modo a interromper as pedaladas sem secar o caixa do governo. A manobra deixa o valor de fora da conta da meta de superávit. Só neste ano, são R$ 95 bilhões em precatórios.
A manobra não é exatamente amada pela Faria Lima. O que importa aqui é muito mais a resolução do problema do que a forma como ele será resolvido. A ver como a votação avança. Bons negócios.
Futuros S&P 500: -0,08%
Futuros Nasdaq: -0,05%
Futuros Dow Jones: -0,08%
*às 8h22
Black fracasso
A Black Friday de 2023 foi a segunda pior da história, com uma queda de 15% nas vendas em comparação com o mesmo período. O dado é da plataforma Hora a Hora, que pertence à empresa de inteligência de dados Confi.Neotrust. O varejo esperava uma alta entre 4% e 17%, a depender da fonte das estimativas.
Nem todo o varejo sofreu. O Mercado Livre afirma ter vendido até 100% mais que em 2022, enquanto a Magazine Luiza afirma que o crescimento nas vendas foi de dois dígitos. O MELI34 avançou 1,26% na sexta. Já a MGLU3 caiu 8,29%.
10h30: Receita divulga arrecadação de outubro
12h00: EUA divulgam vendas de moradias novas em outubro
18h30: Webcast da Petrobras sobre Plano Estratégico 2024-28
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,09%
- Londres (FTSE 100): -0,16%
- Frankfurt (Dax): -0,16%
- Paris (CAC): estável
*às 8h21
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,74%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,20%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,53%
- Brent*: -1,68%, a US$ 79,23
- Minério de ferro: 0,36%, a US$ 138,09 por tonelada na bolsa de Dalian
*às 8h20
Chegando nos 60? Veja como evitar chatice crônica
Entre para uma nova igreja. Costure do zero uma camisa. Participe de um leilão de arte. Nesta bem-humorada reportagem do Wall Street Journal, Rob LaZebnik, que acaba de completar 60 anos, lista uma série de aventuras que decidiu embarcar tentando se livrar da chatice — problema que, segundo ele, já começava a apresentar os primeiros sintomas. (Aviso: leia com uma saudável dose de ironia, rs).