Wall Street volta otimista de feriado
Gringos digerem a derrota de Haddad logo no início do governo.
Bom dia!
O principal mercado acionário do mundo volta de feriado nesta terça de bom humor. Os futuros americanos operam em alta na esperança de que a recessão demore mais para chegar e vá embora mais rápido.
O otimismo é calcado em duas notícias. A primeira delas é que o uso do metrô em grandes cidades da China se recuperou na semana passada, indicando que o pico de infecções por Covid-19 no país pode ter passado.
A segunda é que a Alemanha teve uma queda inesperada do desemprego em dezembro, levando a taxa para 5,5%.
Investidores estão interpretando os fatos como sinais de resiliência de duas das maiores economias do mundo. Se o pior já passou na China em termos de coronavírus, a economia por lá deve acelerar (ou desacelerar menos). E, se o pior já passou na Alemanha em termos de desemprego, a economia do país também pode estar mais forte do que anteriormente pensado. E estes poderiam ser sinais de que uma eventual recessão global, prevista por alguns economistas para este ano, pode ser menos severa.
Por enquanto, são apenas suposições de quem viu o S&P 500 cair 19% em 2022, sua maior desvalorização anual desde 2008, ano da crise financeira. Muitas vezes, especialmente em início de ano, as expectativas viram torcidas.
Até porque, o PMI industrial (índice que mede a atividade no setor) da China caiu para 49 pontos em dezembro, 0,4 a menos que novembro e 0,1 a menos do que o esperado pelo mercado. Este foi o quinto mês seguido que a indústria chinesa apresentou contração.
Haddad x Lula
Com a volta dos americanos no pregão, a derrota de Haddad logo no início do governo Lula ainda deve ter efeito sobre o Ibovespa nesta terça.
O ministro da Fazenda perdeu o cabo de guerra para a ala política e não conseguiu colocar em prática medidas voltadas para a melhora das contas públicas. Lula estendeu a isenção de impostos sobre combustíveis e chamou o teto de gastos de “estupidez”.
A imagem que ficou no mercado é que Haddad não terá força para impor a pauta de equilíbrio fiscal no governo.
Resta saber se a primeira imagem é a que fica mesmo.
Bons negócios!
Futuros S&P 500: 0,81%
Futuros Nasdaq: 0,97%
Futuros Dow: 0,74%
*às 8h22
Méliuz sobe após acordo com o BV
A Méliuz, startup de cupons de desconto em lojas online, emplacou a maior alta do Ibovespa no primeiro pregão do ano: 3,39%, a R$ 1,22. É que, na noite da última sexta-feira, a empresa anunciou que o Banco Votorantim (BV) havia comprado 3,85% de seu capital social. A aquisição custou R$ 1,50 por ação – 27% a mais do que o preço dos papéis na data de transação.
A nova aliança também prevê que a Méliuz passe a oferecer produtos do BV aos seus clientes e venda ao banco o controle de sua fintech Bankly, que foi avaliada em R$ 210 milhões.
Alemanha, 10h: inflação preliminar de dezembro
EUA, 11h45: PMI industrial do final de dezembro
EUA, 12h: investimentos em construção em novembro
Global, 13h: PMI industrial global do final de dezembro
Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,26%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,99%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,22%
Bolsa de Paris (CAC): 1,06%
*às 8h15
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,42%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): sem pregão
Hong Kong (Hang Seng): 1,84%
Brent*: -1,02%, a US$ 85,03
Minério de ferro: 0,17%, a US$ 116,35 por tonelada em Singapura
*às 08h23
No que ficar de olho em 2023
Talvez você já tenha se cansado de ler, numa frequência quase diária, sobre novas polêmicas envolvendo Elon Musk. Se este for o caso, má notícia: para o Financial Times, ele será a figura central do setor de tecnologia em 2023. É que o cara tem duas bombas para desativar simultaneamente este ano. Precisa fazer organizar o Twitter – escolher um novo CEO e colocá-lo no caminho do lucro. Ao mesmo tempo, terá que voltar o seu foco para a Tesla, que despencou 90% em 2022.
Aqui, o FT separou tendências, pessoas e possíveis surpresas em 5 setores da economia.
As novas regras do Pix
“Ano novo, vida nova”, disse o Pix. A partir desta segunda-feira, o sistema de pagamento passou a operar sob novas regras, que foram divulgadas pelo BC em dezembro. Agora, as instituições financeiras não precisam mais impor um limite de valor por transação. Fica só o limite por período: durante o dia, o mesmo valor disponibilizado para TED. Já das 22h às 06h, no máximo R$ 1.000. Nesta reportagem da Folha, veja outras mudanças.