A revolução social dos negócios

O consumidor hoje busca intimidade, propósito e informação: essa é a chave para o êxito nesse novo ambiente de negócios

Por Marcelo Nóbrega*
Atualizado em 2 jan 2020, 14h55 - Publicado em 29 nov 2016, 15h39

A rede de livrarias Borders encerrou atividades em 2011. Atualmente, a maior rede americana com 650 livrarias no país, a Barnes & Noble, fecha as portas de 20 lojas a cada ano. Então porque a Amazon vem inaugurando lojas e quiosques nos EUA e em outros países? E, em um movimento mais inusitado ainda, porque a Google tentou comprar uma divisão de negócios da tradicional seguradora AIG? 

Não estamos vivendo uma revolução tecnológica, mas uma social. A criação de riqueza não virá mais do capital ou de ativos tangíveis, mas do uso inovador da informação. Qualidade, rapidez e disponibilidade não mais diferenciam produtos e serviços. São o mínimo esperado ou o novo normal. O consumidor hoje busca intimidade, propósito e informação: essa é a chave para o êxito nesse novo ambiente de negócios. Seguradoras precisam processar zettabytes de dados para precificar corretamente suas apólices.

Processar dados e gerar informação é o business da Google. A Amazon está abrindo lojas físicas a fim de entender o que ainda faz algumas pessoas preferirem consumir no mundo off-line. Ou seja, a Amazon está investindo no mundo off-line para aumentar ainda mais o seu negócio online!

Em linguagem dinâmica e acessível, Jerk – Twelve Steps to Rule the World decifra as situações descritas acima e explica o que empresas como Airbnb, Uber, Simple Bank e Doctor on Demand fazem para romper com o status quo de indústrias que pareciam estabelecidas em alicerces sólidos.

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Além de usar informação para criar intimidade e propostas de valor personalizadas para o consumidor, empresas Jerk tratam seus clientes como verdadeiros parceiros na geração dessa informação em benefício de ambos. Pense em como isso é verdade na atualização coletiva e colaborativa do aplicativo de trânsito Waze.

Outro diferenciador das empresas Jerk é como elas lidam com seus erros. As empresas Jerk fazem testes frequentes e ousam errar, e errar rapidamente, a fim de aprender com esses pequenos fracassos e crescer. Empresas tradicionais se esforçam, de forma paralisante, para evitar falhas.

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O livro não se resume a discorrer sobre essas e demais características das empresas Jerk, mas coloca de forma clara a Fórmula Jerk para que outras empresas possam seguir o mesmo caminho e se reinventar. Alguns dos conselhos chamarão atenção, como o acrônimo DIE: quebre suas regras e crie sua própria moeda.

O autor, Chris Surdack, foi cientista da NASA e trabalhou em empresas de tecnologia e consultoria. Profissional e autor premiado, hoje se dedica a ajudar empresas a obter vantagens competitivas através da tecnologia da informação.

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*Este artigo é de autoria de Marcelo Nóbrega, diretor de Recursos Humanos do Arcos Dourados, e não representa necessariamente a opinião da revista.

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