Não é mais se teremos IA, mas até que ponto precisamos disso?

Ao observarmos os mais recentes modelos de IA, percebemos uma tendência: a busca incessante por melhorias e a crença de que, com cada nova versão, estaremos mais próximos de um futuro utópico, onde a tecnologia resolverá todos os problemas. Essa visão, entretanto, esbarra em um paradoxo.

Por Fernando Baldin, em colaboração especial com a Você S/A*
1 mar 2025, 08h00
Foto aproximada de mulher mexendo no celular, fibras óticas saem da tela.
 (Qi Yang/Getty Images)
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A

 inteligência artificial (IA) não é mais uma promessa futura, mas uma realidade presente que já transformou diversas indústrias. Hoje, a questão não é se teremos IA, mas até que ponto precisamos investir e desenvolver novas soluções. 

O cenário atual revela uma corrida desenfreada entre grandes players do mercado, que apresentam a cada lançamento, modelos que prometem ir além dos limites já conhecidos. 

Entre eles, podemos citar nomes como Deepseek R1, Qwen 2.5 MAX, O3 Mini, DeepSeek Janus-Pro, OpenAI Deep Research e o Modelo o3. Esses lançamentos mostram que a inovação na IA não para, mas será que estamos realmente aproveitando esse potencial ou apenas correndo atrás de um ideal inatingível?

Ao observarmos os mais recentes modelos de IA, percebemos uma tendência: a busca incessante por melhorias e a crença de que, com cada nova versão, estaremos mais próximos de um futuro utópico, onde a tecnologia resolverá todos os problemas. 

Essa visão, entretanto, esbarra em um paradoxo. Enquanto gastamos tempo nas comparações e na euforia por inovações que parecem projetar nossa existência em Marte, muitas empresas ainda lutam para integrar de forma efetiva a IA em seus processos.

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Para os profissionais e gestores de tecnologia, essa realidade traz um alerta importante: não adianta confiar cegamente nas opiniões de especialistas que, muitas vezes, não compreendem as especificidades do seu negócio.

Cada organização, cada indivíduo tem suas próprias necessidades e limitações, e a aplicação de IA deve ser pensada de forma estratégica, alinhada a esse contexto.

Transformação digital

O frenesi das grandes empresas, impulsionado por um marketing robusto pode facilmente induzir a uma crença de que a velocidade de adoção é o único caminho para o sucesso nesse mundo novo. 

No entanto, a experiência demonstra que a transformação digital deve ser encarada como uma jornada contínua, onde o aprendizado prático e a adaptação ao contexto são tão importantes quanto às novidades tecnológicas. Essa abordagem valoriza a construção de conhecimento a partir do dia a dia, em vez de uma busca incessante por modelos que prometem uma revolução imediata.

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A verdadeira inovação está em entender como essas ferramentas podem ser utilizadas para resolver problemas reais e agregar valor aos usuários e clientes. 

A transformação digital não deve ser medida apenas pela adoção das últimas tendências, mas pelo impacto positivo que essas tecnologias têm no resultado do negócio.

O conselho é simples: experimente e construa o seu próprio caminho de conhecimento em IA. Não se prenda à ideia de ser mais rápido ou melhor do que os outros, mas, sim, de fazer uma trajetória que seja coerente com os desafios e oportunidades do seu ambiente de trabalho. 

Essa postura permite que você, enquanto profissional, se torne um agente de transformação dentro da sua organização, contribuindo para a implementação de soluções que sejam relevantes e sustentáveis a longo prazo.

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A verdadeira inovação está em entender como essas ferramentas podem ser utilizadas para resolver problemas reais e agregar valor aos usuários e clientes. 

O caminho para a inovação é a adoção gradual de tecnologias que resolvam problemas concretos. Essa abordagem pragmática evita a armadilha do “jogo da versão”, onde cada novo lançamento se torna um novo alvo, sem que haja uma consolidação real dos benefícios esperados.  

A adoção da IA deve ser um processo consciente, que valorize a experimentação e o aprendizado contínuo, permitindo que os erros e acertos contribuam para uma evolução sólida e estruturada.

Cada empresa deve traçar sua própria jornada, baseada em experimentação, aprendizado e adaptação constante, sem perder de vista as reais necessidades do seu negócio, afinal, construir o futuro é uma caminhada que exige paciência, dedicação e, sobretudo, a coragem de traçar um caminho próprio em meio a um mar de inovações.

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*Fernando é formado em Relações Públicas, com Pós-graduação em Administração de empresas, há mais de 20 anos com Service Desk e Serviços de TI.

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