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Por que 9 de julho é feriado? Entenda a comemoração do estado de São Paulo

A data magna de São Paulo é um feriado em comemoração à Revolução Constitucionalista. Entenda o conflito entre paulistas e Vargas.

Por Leo Caparroz
8 jul 2025, 17h00
Visão aérea da cidade de São Paulo, composta por muitos prédios altos e tons predominantemente cinzas.
 (filipefrazao/Getty Images)
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Atenção, paulistas: nesta quarta-feira, temos um feriado exclusivo. Além de nome de uma avenida, 9 de julho é um feriado estadual. Ou seja, alguns setores vão ter um dia de folga garantido no meio dessa semana.

Lembrando que o feriado é estadual e não nacional. A data é comemorada oficialmente desde 1997, depois que o então governador Mário Covas instituiu o feriado.

Se você não mora em São Paulo (ou não tenha prestado atenção nas aulas de história), talvez não se lembre do que aconteceu em 9 de julho. Aqui vai uma pequena explicação do porquê esse dia é um feriado paulista.

Por que 9 de julho é feriado em São Paulo?

Tudo começou em 1930, quando Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil. Com a posse de Vargas, se encerrou o período da política brasileira conhecido como “República do Café com Leite”, em que políticos das elites mineiras e paulistas se alternavam na presidência nos primeiros anos da República.

No início de seu governo, Vargas anulou a Constituição de 1891, dissolveu o Congresso Nacional e nomeou interventores para governar os estados. A parte dos interventores foi, especialmente, algo que desagradou a elite de São Paulo, já que o interventor nomeado para o estado era um militar recifense próximo a Vargas.

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Já estavam rolando uma série de protestos que mostravam a insatisfação dos paulistas com o governo. A situação se agravou mesmo em maio daquele ano, quando quatro estudantes foram mortos durante um protesto. Surgiu ali o movimento MMDC, cuja sigla homenageia os quatro mortos no ocorrido (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo). Os jovens se tornaram um símbolo da luta paulista e o MMDC virou um importante mobilizador da luta Constitucionalista.

Começou, em 9 de julho de 1932, aquilo que seria conhecido como Revolução Constitucionalista. Setores da elite e da sociedade paulista organizaram uma revolta uma oposição às medidas do governo provisório de Vargas; eles exigiam, por exemplo, eleições presidenciais e a criação de uma nova Constituição – daí o nome.

Estima-se que a insurgência paulista tenha mobilizado 100 mil combatentes. Ela durou três meses e acabou com São Paulo sendo derrotado pelas forças federais.

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Apesar de terem perdido a guerra, muitos historiadores lembram que boa parte das reivindicações dos paulistas acabou atendida: em 1933, foi eleita uma assembleia constituinte, o Congresso foi reaberto e uma nova Constituição promulgada.

Por causa dessa luta, o dia 9 de julho é considerado a data magna do estado de São Paulo e, por consequência, feriado estadual.

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