Rappi começa a vacinar entregadores na Colômbia – primeiro os mais produtivos
Com a vacinação privada liberada no país, a empresa de delivery foi criticada por seus critérios questionáveis para decidir quais trabalhadores terão prioridade na imunização. Entenda.
Lembra a história de autorizar empresas a comprar vacinas contra a Covid-19? Aqui não rolou, mas a história emplacou na Colômbia. Nisso, 5 mil companhias de lá se juntaram à campanha Empresas por la vacunación. Uma delas foi o Rappi, que você usa aqui, mas tem sede em Bogotá. A empresa anunciou, até agora, a compra de 4 mil doses da CoronaVac, suficientes para imunizar 2 mil trabalhadores.
Acontece que existem pelo menos 40 mil entregadores cadastrados na Colômbia. A conta, obviamente, não fecha, então a empresa teve que decidir quem será imunizado ou não. O critério para tal escolha de Sofia: “Aqueles que concluírem mais pedidos serão priorizados”, explicou Juan Sebastián Rozo, diretor de Assuntos Públicos do Rappi em entrevista a uma rádio colombiana.
A justificativa é que quem trabalha mais está mais exposto. Só que esse não é o grande critério epidemiológico usado na pandemia. No mundo todo, priorizam-se idade e comorbidades que tornem o vírus mais letal. Usar vacina como uma espécie de bônus por desempenho é uma novidade moralmente questionável.
À Você S/A, o Rappi Brasil enviou a seguinte nota:
“O Rappi esclarece que apoia os entregadores parceiros que estão mais expostos à contaminação e não pertencem aos grupos prioritários na Colômbia.
Nosso único propósito de participar do “Empresas pela Vacinação” é ajudar a conter o contágio e contribuir para o fortalecimento das estratégias de saúde pública da Colômbia. Lamentamos que uma iniciativa pautada pela preocupação decorrente de uma emergência sanitária mundial tenha sido mal interpretada e pedimos desculpas pelo mal-entendido. Temos orgulho de contribuir de alguma forma para voltarmos à normalidade o mais rápido possível nos termos em que a lei nos permitir.“