Usar emojis em conversas pode dizer se você tem inteligência emocional

Um estudo identificou que pessoas que mandam mais emojis costumam lidar melhor com as emoções. E o contrário também se aplica.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 17 dez 2024, 11h28 - Publicado em 12 dez 2024, 09h30
Ilustração 3D de um notebook e emojis voando ao seu redor.
 (J Studios/Getty Images)
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Parece que mandar uma carinha feliz para seus amigos seja um indicativo que você lida melhor com suas emoções. Uma pesquisa publicada no periódico científico PLOS ONE mostrou uma associação entre o uso de emojis e maior inteligência emocional.

Você muito provavelmente já sabe o que é um emoji e já deve ter usado um. Esses caracteres podem representar emoções, objetos, animais, profissões, comidas e muito mais. Alguns emojis combinados podem até extrapolar seu significado original e ganhar semânticas novas em contextos distintos. Usá-los cria uma comunicação virtual mais complexa.

Já a inteligência emocional é um conceito da psicologia, definido como a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus próprios sentimentos, os expressos de maneira apropriada. É reconhecer, avaliar e saber lidar com as suas próprias emoções e as dos outros.

Apesar do uso de emojis em nossas vidas já ter se tornado algo comum, segundo os cientistas, sabe-se relativamente pouco sobre as características de quem usa emojis – além de recortes relacionados a gênero e traços de personalidade.

Avaliar como o uso de emojis pode variar dependendo das habilidades de comunicação e habilidades interpessoais de cada indivíduo pode ajudar a entender mecanismos psicológicos presentes na comunicação digital.

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Para preencher essa lacuna de conhecimento, os cientistas investigaram associações entre frequência de uso de emojis, estilos de apego e inteligência emocional entre gêneros e tipos de relacionamento em uma amostra de 320 adultos.

Estilos de apego se referem a padrões de como os indivíduos se relacionam com os outros em relacionamentos próximos, influenciados por interações iniciais com cuidadores primários.

Esses estilos são amplamente classificados em três tipos: apego ansioso, evitativo e seguro. Os estilos de apego ansioso e evitativo indicam a falta de segurança de uma criança com seu cuidador primário. Em contraste, crianças com um estilo de apego seguro tendem a ficar entusiasmadas quando se reencontram com seus cuidadores após uma breve separação.

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Os resultados revelaram que os adultos com maior inteligência emocional e apego seguro costumavam usar emojis com mais frequência. Níveis mais altos de apego evitativo foram associados ao envio menos frequente de emojis para amigos e parceiros românticos.

Além disso, as mulheres usaram mais emojis do que os homens, mas essa diferença foi específica para interações com amigos e familiares.

Uma limitação do estudo é que os participantes eram, em sua maioria, indivíduos heterossexuais brancos, educados, casados ​​e falantes de inglês que viviam nos EUA na época. Mas, de acordo com os autores, este trabalho abre novos caminhos de pesquisa na intersecção da psicologia, comunicação mediada por computador e o estudo do apego e inteligência emocional.

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Os autores acrescentam: “A maneira como interagimos durante as comunicações virtuais pode revelar algo mais sobre nós mesmos. Não é apenas um emoji de rosto sorridente ou coração: é uma maneira de transmitir significado e se comunicar de forma mais eficaz, e como você o usa nos diz algo sobre você.”

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