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Manterrupting: os antídotos

A ciência aponta: mulheres são duas vezes mais interrompidas que homens em conversas. Veja ferramentas para lidar com essa adversidade.

Por Juliana Algodoal, em colaboração especial com a Você S/A
28 Maio 2025, 08h00
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 (kate_sept2004/Getty Images)
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V

ocê já deve ter ouvido em rodas de conversa que as mulheres falam demais. A questão é que o tema há muito deixou de ser assunto de mesa de bar para ocupar o tempo dos pesquisadores. Um neuropsiquiatra americano, por exemplo, lançou em 2006 um livro dimensionando a quantidade de palavras ditas por dia por homens e mulheres. Segundo esses dados, elas verbalizariam mais que o dobro de vocábulos do que eles. 

Outros estudiosos questionaram os números, mas a polêmica já estava à mesa. Mais uma, aliás, que acaba reforçando estereótipos da atuação feminina nos espaços sociais – que incluem os ambientes de trabalho. O ponto que quero trazer aqui não diz respeito a que gênero seria mais verborrágico. O foco é outro: falando muito ou não, as mulheres precisam ser ouvidas.

Em um meio que tende a silenciá-las, as técnicas de comunicação que usarem serão ainda mais importantes para que consigam transmitir suas mensagens. E isso sem ser interrompidas, uma vez que não deixar a mulher terminar sua fala é um dos hábitos masculinos que contribuem para a falta de equidade de gênero tanto na sociedade em geral quanto nas corporações em particular. Uma pesquisa da Universidade George Washington (EUA), de 2014, apontou que mulheres são duas vezes mais interrompidas que homens em conversas neutras.

Para lidar com essas adversidades, profissionais e líderes femininas têm buscado treinamentos e estratégias para poderem se expressar plenamente. Cabe também, no caso, procurarem pessoas aliadas, que as apoiem em situações de tentativa de silenciamento. Em uma reunião de trabalho, por exemplo, quem é aliado pode reforçar que a mulher não deve ser interrompida de uma maneira desrespeitosa ou machista caso isso aconteça. Muitas vezes, uma mulher engata uma fala que pode soar prolixa justamente por não saber quando terá novamente uma oportunidade de se manifestar.

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Em um meio que tende a silenciá-las, as técnicas de comunicação que usarem serão ainda mais importantes para que consigam transmitir suas mensagens.

Questão de tom

Se a rede de apoio dos pares é uma das alternativas de como o meio pode ajudar a quebrar padrões patriarcais, em relação a técnicas pessoais para amplificar o poder da fala, por sua vez, destaco, em primeiro lugar, a importância de alcançar um equilíbrio entre tons – um mais leve e acolhedor e outro mais firme e assertivo.

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*Juliana é PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho e fundadora da empresa Linguagem Direta

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